espontâneo, a família é tomada pela tristeza e pela sensação de perda. A situação se torna ainda mais comovente quando João Pedro decide dar à filha o nome de Maria Santa, em uma cena marcada por um misto de delicadeza e resignação.
Em um instante solene, ele se aproxima do corpo da pequena, segurando sua mãozinha com todo o cuidado do mundo, ciente de que aquele será o único momento de convívio que terá com ela. Enquanto os padrinhos observam emocionados, João Pedro acaricia a filha, expressando sua ternura e sua dor diante da perda irreparável.
Morena, personagem que se destaca pela sua força e sabedoria, não consegue conter a emoção diante da atitude corajosa de João Pedro. Ela reconhece a importância de cada gesto, por mais doloroso que seja, e admira a bravura do jovem rapaz em enfrentar a realidade de frente, dando um último adeus à sua filha com amor e respeito.
Morena ressalta a coragem de João Pedro em abraçar a situação e desejar que a pequena Maria Santa encontre paz onde quer que esteja, transmitindo todo o seu orgulho e apoio ao rapaz em meio à sua dor.
O gesto de João Pedro, ao batizar sua filha morta com o nome de Maria Santa, é um ato de amor e devoção que toca profundamente o coração do público. Em meio a tantas adversidades e tragédias, a luz da esperança e da compaixão brilha através desse momento singelo e comovente, mostrando a capacidade do ser humano de encontrar conforto e significado mesmo nos momentos mais sombrios.
A cena revela a beleza da vida, mesmo em sua fragilidade e transitoriedade, e nos convida a refletir sobre a importância de valorizar cada instante e cada pessoa que passa por nossa jornada, mesmo que seja por um breve momento. João Pedro e sua filha Maria Santa nos ensinam, com sua história de amor e perda, que o verdadeiro significado da vida está na capacidade de amar e de se despedir com dignidade e ternura, mesmo diante da morte.