O terror retorna quando um dos agressores a empurra violentamente, fazendo-a cair. “Vai! Bora! Levanta se for homem!”, grita um dos valentões, enquanto Beto, ainda não tendo feito sua transição de gênero, tenta se levantar, mas é brutalmente atingido novamente, desabando no chão. Os outros meninos riem, zombando de sua tentativa fracassada de se defender. Entre chutes e empurrões, Beto se encolhe, protegendo a cabeça e fechando os olhos com força, desejando que aquele pesadelo termine logo.
Mas, inesperadamente, Décio, amigo de Beto, chega para defendê-lo, enfrentando os agressores. “Ih… Chegou o namoradinho da boneca!”, provoca um dos valentões. Décio consegue afastar um dos agressores, mas logo é cercado pelos outros. Sem saída, ele agarra uma pedra e golpeia um dos rapazes com força na cabeça, desencadeando uma briga ainda mais intensa.
Enquanto o caos se desenrola ao seu redor, Beto, agora Buba, permanece em choque, incapaz de reagir. É então que Décio corre até ela, desesperado para tirá-la dali. “Vâm’bora, Beto! Rápido… Bora! Acorda, Beto… Beto. Beto!”, ele grita, sacudindo-a com urgência. Lentamente, Buba emerge de seu transe, mas a lembrança da violência sofrida ainda a assombra.
Mais tarde, ao conversar com Augusto, Buba expressa sua determinação em não mais fugir de seu passado. “Eu tô cansada de fugir… Até porque eu nunca tive motivo pra isso”, ela diz, decidida a confrontar os fantasmas de seu passado e a encontrar seus pais, encerrando assim um capítulo doloroso de sua vida.
A cena é mais do que um simples flashback; é uma jornada emocional de autodescoberta e aceitação, mostrando a força de Buba ao enfrentar seu passado e sua determinação em seguir em frente, sem mais fugas.