No final de Renascer, a personagem Teca terá uma prova de sua presença de espírito ao se deparar com uma situação inusitada envolvendo a cabeça do Bumba, o boi sagrado da tradição da comunidade de José Inocêncio. Ao ficar sozinha em casa, Teca começará a ouvir bufadas vindo da máscara do boi, o que a deixará apavorada e em dúvida se está enlouquecendo.
O autor Bruno Luperi descreve a experiência sensorial da personagem de forma intensa, comparando o som das respirações a alguém que retorna de um mergulho profundo, denso e cansativo.
Diante da estranha manifestação, Teca decide colocar um copo próximo ao nariz da máscara do boi e percebe que o objeto fica suado, o que para ela é um sinal claro de que o Bumba está vivo. A partir desse momento, uma série de lembranças e visões dos antepassados de Teca se relacionando com o animal invadem sua mente, estabelecendo um elo entre ela e a tradição ancestral.
A cena ganha ainda mais dramaticidade quando Teca se assusta com Mariana ameaçando se vingar de José Inocêncio caso ele não cumpra uma promessa feita.
A atmosfera sombria e misteriosa vai aumentando à medida que as respirações se tornam mais intensas e Teca se sente isolada e assombrada pelo fenômeno inexplicável.
Após o incidente com o copo suado e a chegada de Buba, Teca tenta explicar a experiência sobrenatural que viveu, mas encontra resistência na racionalidade da psicóloga. A jovem insiste que o Bumba estava respirando e tentando se comunicar com ela, mas é confrontada com a explicação de que tudo não passou de uma ilusão.
Mesmo diante das dúvidas e da descrença dos outros personagens, Teca permanece convicta de que algo muito real e extraordinário aconteceu naquela noite. O mistério em torno da vida do Bumba e da conexão de Teca com sua ancestralidade se torna um elemento fundamental no desfecho da trama, ressaltando a importância da espiritualidade e da presença dos antepassados na vida da protagonista.