Esse momento tenso e assustador lembra o final que Tião teve na primeira versão da novela, em 1993, quando acabou se enforcando na prisão.
A sequência promete ser uma das mais impactantes da novela, misturando elementos de terror e drama com um toque de misticismo. Enquanto Tião está na cela, sozinho e fragilizado, a lua cheia brilha no céu, criando uma atmosfera sinistra.
Ele é perturbado por uma presença sobrenatural que assombra seus sonhos, tornando seu sono inquieto. O vento sibilante parece chamar seu nome, e ele se levanta, desorientado, para descobrir a origem do chamado. Ao tentar identificar a presença, Tião vê uma figura assustadora se formar à sua frente—a sombra do cramulhão, representada de maneira sutil e ao mesmo tempo poderosa.
Enquanto isso, do lado de fora, Joana, sua esposa, vivida por Alice Carvalho, sente que algo terrível está acontecendo. Ela luta para respirar e percebe que a garrafa que guarda o cramulhãozinho está a sufocando. Em um ato de desespero, Joana quebra a garrafa, destruindo a entidade maligna.
Nesse exato momento, Tião, que já estava prestes a se entregar à morte, acreditando que seu sofrimento finalmente chegaria ao fim, começa a questionar o que significa morrer. Ele se resigna ao destino, acreditando que a morte seria um alívio da fome, da vergonha, da miséria e da opressão dos coronéis.
No entanto, a morte de Tião não é definitiva. Joana chega à cela e o encontra entre a vida e a morte. Em um ato de amor e desespero, ela o traz de volta, recusando-se a perder seu marido.
“Eu ia até o Inferno se fosse preciso, Tião… Mas eu nunca que vô lhe perdê! Nunca!”, exclama ela, abraçando-o. Esse momento de redenção é um ponto de virada para Tião, que percebe que, apesar de todo o sofrimento, ainda há esperança e amor.
Esse enredo denso e carregado de emoção mostra como “Renascer” consegue misturar o real e o sobrenatural de maneira poderosa, entregando ao público cenas inesquecíveis e cheias de significado.