O desfecho da vilã Helena em “Elas por Elas”, versão atualizada da novela de Cassiano Gabus Mendes, traz uma reviravolta surpreendente em relação à trama original de 1982. Interpretada por Isabel Teixeira, Helena se revela uma antagonista implacável, cujas ações culminam em um destino completamente diferente do que os telespectadores esperavam.
Desde o início da novela, Helena demonstra sua natureza pérfida, manipulando situações para atingir seus próprios objetivos. Seu envolvimento em eventos como o sequestro de Ísis e o subsequente encarceramento desta última, assim como o assassinato de seu próprio pai, destacam a extensão de sua maldade. Sua jornada até a loucura e a internação em uma clínica psiquiátrica serve como o ápice de sua queda.
No derradeiro capítulo da trama, Helena é retratada em um estado de desorientação total durante seu tratamento na clínica. Ela chega ao ponto de perguntar por Sérgio, já falecido, e afirma ter recebido visitas de sua mãe, que há muito tempo partiu desta vida. A cena em que Helena mostra à empregada uma casinha de bonecas, descrevendo uma família idealizada, revela não apenas sua desconexão com a realidade, mas também sua tentativa de escapar das consequências de seus atos.
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O contraste entre a Helena original, interpretada por Aracy Balabanian, e a Helena atual é marcante. Na versão anterior, a personagem perdoou seu pai e terminou a novela em paz, rodeada pela família e amigos. Ela até mesmo fez as pazes com Mirian, atualmente Ísis, presenteando-a com uma bolsa de estudos. No entanto, na versão contemporânea, Helena é a arquiteta do infortúnio de sua própria irmã, levando-a à prisão por meio de suas artimanhas.
Essa mudança de rumo na história de Helena exemplifica a capacidade do enredo de se adaptar aos tempos modernos e refletir as complexidades da sociedade contemporânea. Ao abordar temas como manipulação, traição e vingança, “Elas por Elas” ressoa com o público ao explorar as nuances da natureza humana e as consequências de nossas escolhas.
Além disso, a jornada de Helena serve como um lembrete poderoso dos perigos da obsessão e da busca desenfreada pelo poder. Sua queda da graça para a loucura e a subsequente internação em uma clínica psiquiátrica são uma advertência contra as tentações da maldade e da ambição descontrolada.
Em suma, o destino trágico de Helena em “Elas por Elas” é um testemunho da capacidade da narrativa televisiva de nos envolver emocionalmente e nos fazer refletir sobre as complexidades da condição humana. Ao mesmo tempo que nos choca e intriga, também nos lembra da importância de escolher o caminho da empatia e da compaixão sobre o da ganância e da crueldade.