Ele começa a desmontar, limpar e remontar a arma com uma intimidade que impressiona. A direção da novela opta por sobrepor os takes dessa ação à cena seguinte, mantendo o mistério e alimentando a mente do espectador com sugestões, conforme indicado pelo roteirista Bruno Luperi. Na cozinha da casa de Inocêncio, as mulheres discutem o casamento de João Pedro (Juan Paiva) e o ódio que seu pai nutre. A conversa rapidamente se direciona para temas de vingança e morte, com Inácia afirmando que a guerra entre Inocêncio e Egídio (Vladimir Brichta) só terminará com a morte de um dos dois. Durante essa conversa, Teca, alheia ao diálogo, surpreende a todos ao mencionar a morte do coronel Belarmino. As mulheres percebem que Teca está em transe, com o olhar perdido e palavras ditadas por uma forte intuição.
Mariana, intrigada, questiona o que Teca disse, mas Inácia descarta a fala da jovem. No entanto, Teca insiste, afirmando ter visto a cena do assassinato como se estivesse presente. Ela descreve Belarmino sendo perseguido, levando tiros e tentando escapar até ser atingido fatalmente enquanto se apoiava em um pé de cacau. A descrição vívida e detalhada impressiona Inácia, que confirma o tiro certeiro na testa. Teca continua, descrevendo o sangue de Belarmino escorrendo pelo cacau, até que Mariana, aflita, pergunta quem estava atrás de seu avô. Teca desperta do transe, confusa e sem controle sobre suas visões.
No escritório, José Inocêncio termina de limpar o rifle e é surpreendido por Mariana, que questiona a presença da arma ali. Ela acusa Inocêncio de ter matado seu avô com o rifle, baseando-se nas visões de Teca. Inocêncio se defende, afirmando que se usaram a arma da própria vítima, só poderia ser alguém próximo a Belarmino. Ele argumenta que agora a arma lhe pertence, pois comprou a fazenda e a casa com tudo dentro. Embora Inocêncio saia andando, Mariana permanece convencida de que seu marido está por trás do assassinato de seu avô.
A sequência revela a complexidade das relações e o suspense que permeia a trama, deixando o espectador a questionar a verdade por trás do crime.
