Em meio às tramas intensas de “Renascer”, a personagem Joana se vê submetida a um novo calvário nas mãos de dona Patroa, interpretada por Camila Morgado. O ambiente já tóxico, marcado pelo assédio de Egídio, ganha contornos ainda mais sombrios com a crueldade da matriarca da família Coutinho.
A partir do momento em que Joana começa a trabalhar dentro da casa dos Coutinho, as hostilidades atingem um novo patamar. Dona Patroa, consumida pelo ciúme e pela inveja, desconta sua fúria na pobre moça, sobrecarregando-a de tarefas e lançando-lhe ofensas cruéis.
A exigência de dona Patroa por uma limpeza impecável nos banheiros, acompanhada de insultos e humilhações, revela a verdadeira natureza da relação entre as duas mulheres. Joana, por sua vez, tenta se defender, explicando que está ali a mando de Egídio, mas suas palavras são rapidamente rebatidas com mais agressões verbais.
Os ataques de dona Patroa atingem o âmago da dignidade de Joana, rotulando-a como uma “sem-vergonha” e uma “rameira”, reforçando estereótipos misóginos e discriminatórios. A protagonista é reduzida a meros estereótipos, enquanto dona Patroa se mostra cada vez mais cruel em suas palavras e ações.
Até mesmo Sandra, filha de dona Patroa, percebe o excesso de crueldade da mãe para com Joana, tentando intervir em sua defesa. No entanto, as justificativas de dona Patroa revelam uma profunda aversão e preconceito enraizados em sua personalidade, alimentados por suspeitas infundadas e pela ideia de superioridade social.
A narrativa expõe as dinâmicas de poder e opressão presentes na sociedade, especialmente nas relações entre classes sociais distintas. A figura de dona Patroa representa não apenas a crueldade individual, mas também as estruturas de poder que perpetuam a marginalização e a exploração dos mais vulneráveis.
A trajetória de Joana em “Renascer” é marcada por desafios e injustiças, mas também pela sua resistência e luta por dignidade e respeito.