Egídio, interpretado por Vladimir Brichta em Renascer, mostra-se como um fazendeiro aparentemente bondoso ao receber Tião e sua família em sua propriedade.
Para Tião, que vivia em condições precárias no mangue, a oportunidade de trabalhar em uma fazenda é vista como um alívio e uma promessa de uma vida melhor. No entanto, as intenções de Egídio se revelam pouco tempo depois.
Ao caminhar pelas terras da fazenda, Egídio compartilha com Tião que está retomando o legado de seu pai, o falecido coronel Firmino. O fazendeiro explica que não consegue contratar muitos funcionários com carteira assinada, o que desperta a curiosidade de Tião, que não está familiarizado com os termos e formalidades do trabalho formal.
Diante da ingenuidade do catador de caranguejos, Egídio propõe um contrato peculiar: Tião teria direito a uma parte das terras e dividiria os lucros com o fazendeiro, além de ter a possibilidade de plantar e colher para si mesmo nos tempos livres.
A proposta aparentemente generosa de Egídio é recebida com gratidão por Tião, que se compromete a trabalhar arduamente na fazenda. No entanto, fica claro que o fazendeiro está agindo de forma manipuladora e cruel ao explorar a vulnerabilidade e a falta de conhecimento do novo agregado.
O contrato proposto por Egídio não é mais do que uma forma de exploração disfarçada de generosidade, onde Tião estará preso em uma dinâmica desigual e submissa..A relação entre Egídio e Tião exemplifica as desigualdades sociais e econômicas presentes na sociedade, onde indivíduos menos favorecidos são frequentemente explorados e manipulados por aqueles em posições de poder.
A atitude de Egídio revela a sua falta de ética e empatia, mostrando que a ganância e a busca pelo lucro muitas vezes prevalecem sobre valores como justiça e solidariedade.