ovem Buba, interpretada por Gabriela Medeiros, toma a frente para explicar tudo ao preocupado sogro. A condição do bebê, anteriormente conhecida como hermafroditismo, faz com que a criança seja batizada com o nome de Cacau, evitando assim qualquer imposição de gênero desde o início de sua vida. José Inocêncio, ainda confuso, questiona se deve referir-se ao bebê como “do Cacau ou da Cacau”, demonstrando a sua falta de entendimento sobre o assunto.
É então que Buba entra em cena, explicando com calma e paciência que o gênero da criança se manifestará conforme seu crescimento, podendo ser masculino, feminino, ambos ou nenhum.
Buba ressalta a importância de registrar a criança com o sexo ignorado, permitindo que Cacau tenha espaço para se identificar de acordo com suas próprias experiências e sentimentos. Ela enfatiza que não cabe a ninguém determinar o gênero do bebê, mas sim observar e respeitar os sinais que Cacau apresentar ao longo do tempo.
A psicóloga destaca a necessidade de tornar esse processo o mais natural e menos doloroso possível, garantindo que a criança se sinta confortável em sua própria identidade.
Mesmo após as explicações de Buba, José Inocêncio ainda mostra-se confuso e questiona se a psicóloga passou por algo semelhante durante sua transição. Buba esclarece que as duas condições são distintas, mas assegura que não há problema algum em ser uma pessoa intersexo.
Ela enfatiza que a condição de Cacau é biológica e não deve ser vista como uma anomalia ou uma doença, mas sim como uma forma única de existir no mundo.
Diante de uma situação tão complexa e delicada, a história de Cacau em Renascer traz à tona importantes reflexões sobre identidade de gênero, respeito à diversidade e aceitação das diferenças. A jornada do bebê intersexo promete desafiar as normas estabelecidas pela sociedade e abrir espaço para novas discussões sobre o que é ser verdadeiramente humano em toda a sua diversidade.