João Emanuel Carneiro, o autor da trama, descreve em detalhes a complexidade do relacionamento de Rudá com Felipa. “Há alguns anos, Rudá mantinha um relacionamento com Felipa, uma massagista portuguesa. O casal se dava razoavelmente bem, apesar dele pouco falar do passado para ela.” Esse trecho revela o distanciamento emocional que Rudá sempre manteve em relação a Felipa, usando o silêncio como forma de proteger tanto a si mesmo quanto o seu relacionamento de eventuais complicações que seu passado conturbado poderia trazer.
No entanto, com a descoberta de que ele não é irmão biológico de Iberê, Rudá sente que não pode mais manter esse segredo guardado. A verdade sobre seu relacionamento com Felipa o atormenta, especialmente porque ele sabe que não poderá continuar escondendo essa parte de sua vida de Luma, principalmente com a pressão crescente do retorno de Viola (Gabz), sua ex-namorada, ao Brasil.
Viola representa mais uma ameaça ao seu já frágil equilíbrio emocional, pois seu retorno o obriga a lidar com o fato de que ele está sendo procurado como foragido, acusado de assassinato. Embora Rudá e Felipa tenham mantido um relacionamento estável em Portugal, a vida dupla de Rudá é carregada de tensões e mistérios.
Ele sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que voltar ao Brasil para procurar Viola, mesmo correndo o risco de ser pego pelas autoridades. Seu retorno não é apenas uma questão emocional, mas também uma decisão de enfrentar seu passado e as acusações que o perseguem.
Ao decidir contar a verdade para Luma, Rudá demonstra um momento raro de vulnerabilidade. Ele, que sempre foi caracterizado por sua frieza e habilidade em esconder sentimentos, agora percebe que não pode mais fugir de suas responsabilidades e precisa, finalmente, lidar com as consequências de suas escolhas.
Esse confronto com Luma promete abalar a trama, pois o relacionamento deles, já fragilizado por desconfianças e segredos, pode não resistir a mais essa revelação.