A Agência Mundial Antidoping (Wada) se comprometeu a fazer uma nova análise sobre a proibição do uso de maconha por atletas. A agência organizará um processo chamado revisão científica em relação ao consumo de cannabis e seus efeitos no esporte já a partir do ano que vem.
A decisão foi tomada depois que a Wada recebeu uma série de solicitações pedindo revisões nos protocolos antidoping em relação à maconha. Contudo, até o fim da análise, que será iniciada em 2022, a planta e seus princípios ativos seguem proibidos para atletas de todas as modalidades.
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As substâncias derivadas da cannabis são proibidas pela Wada desde 2004, quando a agência elaborou uma lista bastante completa com substâncias proibidas no esporte. Porém, desde então, o órgão relaxou algumas regras, deixando as restrições mais rígidas para períodos de competição.
O caso Sha’Carri Richardson
O assunto ganhou força após a velocista estadunidense Sha’Carri Richardson, uma das favoritas ao ouro nos 100 metros rasos nas Olimpíadas de Tóquio, ser punida após testar positivo para cannabis. Apesar de ter sido suspensa por apenas um mês, Richardson não pôde competir nos jogos.
A atleta de apenas 21 anos declarou que usou maconha porque teve episódios de insônia por conta da morte da mãe. Após a suspensão, ela recebeu o apoio de uma série de atletas, que vão desde jogadores de futebol americano, como Patrick Mahomes, até lutadores do UFC.
A repercussão do caso de Sha’Carri Richardson gerou um debate sério, já que a maconha não dá nenhum tipo de vantagem desportiva aos atletas. Além disso, o uso medicinal e recreativo da droga tem sido legalizado em diversos países ao redor do mundo.
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A ideia de uma revisão nos protocolos para o uso de maconha por atletas é apoiada, inclusive, pelo presidente da Federação Mundial de Atletismo, Sebastian Coe. Segundo ele, este é um momento sensato para se propor uma revisão.
Segundo pesquisadores sobre a maconha, o uso da substância por atletas pode ser prejudicial a depender da quantidade. No entanto, não deveria ser considerada doping, já que não dá nenhum tipo de vantagem a quem usa sobre os atletas que não fazem uso dessa substância.
Via: O Globo
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