Um dos principais indicativos da Covid-19 é a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que teve um aumento exponencial em todo o mundo durante a pandemia. Aqui no Brasil, o Coronavírus é responsável por mais de 90% dos registros de SRAG em adultos. No entanto, nas crianças, o vírus sincicial está ganhando força.
Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre a população adulta há um predomínio completo da Covid-19 nos casos de SRAG. Os gráficos do Infogripe mostram que a linha azul (que indica o SARS-CoV-2) domina por completo os casos e a linha amarela, que indica resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios, praticamente não aparece. A linha preta indica os casos de SRAG no geral.
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Vírus sincicial em crianças
Já entre os adolescentes e crianças de 10 a 19 anos, a Covid-19 ainda predomina, mas de forma reduzida. Ainda é possível notar a presença do Rinovírus (em azul escuro), além de uma aparição maior das linhas amarelas e da linha verde (essa que indica o Vírus Sincicial).
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Mas o quadro muda mesmo em crianças com 9 anos ou menos. A menor faixa etária medida nos gráficos mostra que há uma menor taxa de positividade geral (amarelo), mas um aumento significativo nos casos do vírus sincicial. “Entre crianças de 0-9 anos, faixa etária em que também há menor positividade geral, em 2021 houve um aumento significativo de casos de vírus sincicial respiratório (VSR, linha verde), com registros semanais superiores aos observados para SARS-CoV-2”, diz o boletim.
Isso também ajuda a explicar o motivo deste ser o único grupo que não teve uma queda significativa nos casos de SRAG. Apesar de estáveis, “observa-se que a estabilização (dos casos entre crianças de até 9 anos) se dá em valores entre 1000 a 1200 casos semanais”. Essa faixa etária também ainda não foi vacinada, já que não há imunizante liberado para crianças no Brasil.
A Fiocruz ainda destaca no relatório que entre os casos diagnosticados de SRAG, o vírus sincicial é minoria, com mais de 96% dos registros totais sendo de Covid-19. O boletim informa que, desde 2020, houveram 1.646.424 casos reportados de síndrome respiratória, sendo 0,0% Influenza A, 0,0% Influenza B, 1,0% vírus sincicial respiratório (VSR) e 96,6% SARS-CoV-2 (Covid-19).
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