Vendas do comércio atingem patamar recorde em julho


Somente nos últimos 12 meses, o comércio foi o setor que mais avançou no país, com um crescimento de 5,9% de acordo com os dados que foram divulgados pela Pesquisa Mensal do Comércio, que foi divulgada nesta última sexta-feira (10) pelo IBGE.

O avanço no mês de julho foi de 1,2%, onde o volume de vendas do comércio brasileiro bateu um recorde desde que começaram os índices em 2000. Esta também foi a quarta alta mensal consecutiva, sendo que no ano o setor acumula uma alta de crescimento de 6,6% e nos últimos doze meses de 5,9%.

Inflação prejudica até os setores mais eficientes da economia

Até mesmo o comércio que apresentou resultados acima da média, acaba sofrendo com a alta da inflação. Para se realizar um cálculo rápido e simples do tamanho da dificuldade que estão os empreendimentos, com uma inflação de 9% nos últimos 12 meses, mesmo com o lucro de 5,9%, fica difícil colocar todas as contas em dia.

Outro detalhe, é que vários setores que integram as atividades do comércio, ainda não recuperaram as perdas desde a chegada da pandemia, como é o caso de equipamentos e material para escritório, que se encontra 26,7% abaixo dos resultados antes da pré-pandemia. Combustíveis e lubrificantes se encontram 23% abaixo da pré-pandemia.

Detalhes sobre as atividades com resultados positivos no comércio

Das atividades que foram pesquisadas, cinco de oito apresentaram resultados positivos no último mês. O maior destaque foi para o grupo de artigos pessoais e domésticos, com um crescimento de 19,1% no período.

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Para o IBGE, o resultado dessa grande recuperação se deve ao fato das grandes promoções recentes que foram feitas pelos lojistas, que aproveitaram a reabertura gradual dos comércios para garantir o lucro antes de possíveis novos fechamentos, caso a pandemia volte a se agravar.

Entre os grupos que aparecem como os maiores destaques, estão os tecidos, vestuário e calçados, com 2,8%. Ainda com um certo destaque, estão os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com avanço de 0,6%.

Setores que apresentaram resultados abaixo do esperado

Agora falando sobre o lado que registrou quedas, os tombos mais relevantes foram para livros, jornais, revistas e papelaria, que caíram -5,2%. Móveis e eletrodomésticos acumularam queda de -1,4% e combustíveis e lubrificantes ficaram -0,3% no período.

O volume de vendas do comércio cresceu 1,1% em julho em comparação ao mês anterior. Lembrando que além do varejo, o setor abrange veículos e materiais de construção. Segundo o IBGE, o fruto das altas foi puxado pelas vendas de motos e peças.

Para completar a relevância do avanço do comércio, das 27 unidades da federação, 19 deles apresentaram avanços no mês de julho. Com uma alta de 17,5%, Rondônia foi a federação que mais chamou a atenção, seguido por Santa Catarina com 12,5% e o Paraná com 11,1%.A maior queda foi em Minas Gerais, que desceu -2,1% no período em questão.

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