O mercado brasileiro de milho segue de olho no abastecimento interno, diante das dificuldades enfrentadas na oferta do cereal. No cenário internacional, o avanço dos trabalhos nas lavouras de milho norte-americanas é um fator que pode mexer com o mercado na próxima semana.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Fernando Henrique Iglesias.
– O mercado brasileiro de milho se depara com uma primeira quinzena de outubro pautada por uma presença menos ativa dos consumidores;
– Basicamente, a alegação recorrente é que os estoques estão relativamente confortáveis e são evidenciadas tentativas de compra abaixo da referência média;
– Em alguns estados, a exemplo de São Paulo, é evidenciada maior fixação de oferta de milho, o que tem levado os preços a patamares mais baixos;
– No entanto, essa queda momentânea não indica que haverá facilidade de abastecimento daqui em diante;
– O cenário permanece desafiador, exigindo proatividade por parte dos consumidores no último bimestre, considerando o diminuto estoque de passagem do milho;
– Na Bolsa de Chicago, o mercado permanece centrado no avanço do trabalho de campo no Meio-Oeste norte-americano, este é o grande elemento de pressão sobre os preços nas próximas semanas;
– Outro aspecto a ser considerado está na atuação da China no mercado internacional de milho, situação que até o momento não aconteceu. A China também está em período de colheita de uma safra recorde;
– Em caso de atuação da China no mercado norte-americano de milho, haveria menor potencial para pressão de queda sobre os preços;
– As vendas líquidas semanais e a demanda por etanol são outros elementos relevantes para nortear o mercado no curto prazo.