Questão ambiental no campo está resolvida, diz Daoud


Com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26) no radar, representantes do Partido Democrata, dos Estados Unidos, apresentaram um projeto de lei para reduzir o desmatamento ilegal no mundo.

O texto propõe o aumento do controle sobre a importação de diversos produtos como cacau e carne bovina, por exemplo. 

No mesmo caminho, a União Europeia deve anunciar, no mês que vem, uma proposta que exige de seus importadores a certificação de que os produtos não vêm de terras desmatadas ilegalmente ou que contribuíram para a degradação de solos depois de primeiro de janeiro de 2021.

Segundo o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a decisão dos Estados Unidos e da União Europeia não é motivo para preocupação. “A gente sabe que esse assunto no Brasil está superado. Existe desmatamento ilegal, existe. Só que os produtores, pecuaristas e grandes empresas já não compram mais destas áreas. O controle é muito rígido”, diz.

Para Daoud, o lado positivo do cenário é que a produção de alimentos do mundo já está configurada. “O Brasil surge como um grande player na produção de alimentos. Não existe nenhum outro país do mundo com a mesma condição para poder alimentar a população mundial sem desmatamento ilegal”, explica.

Na avaliação do comentarista, o que preocupa é a mediocridade que existe no país de entender que a agropecuária é o futuro. “Nossa vulnerabilidade é muito grande, nos insumos, na infraestrutura, nos investimentos. A questão ambiental estamos preparados. Agora o que preocupa vai ter dificuldade na produção de muita coisa e nós dependemos exterior para muita coisa”.

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