preços sobem no Brasil, apesar de negócios moderados; veja as cotações do dia


Os preços da soja subiram nas principais praças do país nesta segunda-feira, acompanhando a alta do dólar e dos contratos futuros em Chicago. As cotações só não tiveram aumentos mais consistentes devido à queda dos prêmios nos portos.

O ritmo dos negócios, no entanto, continua ainda moderado. Os produtores seguem focados nos trabalhos de plantio, aguardando chuva para acelerar a semeadura.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 172,00 para R$ 172,50

– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 171,00 para R$ 171,50

– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 176,00 para R$ 176,50.

– Cascavel (PR): o preço subiu de R$ 170,50 para R$ 171,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 174,50 para R$ 175,50

– Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 173,00 para R$ 174,00

– Dourados (MS): a cotação aumentou de R$ 162,00 para R$ 163,00

– Rio Verde (GO): a saca seguiu em R$ 168,00

Plantio

O plantio da safra de soja 2021/22 do Brasil está em 0,8% da área total esperada até o dia 24 de setembro. A estimativa parte de levantamento de Safras & Mercado, com o plantio iniciando nessa semana.

O plantio está adiantado em relação a igual período do ano passado, quando estava nessa época em 0,4%, e atrasado em relação à média normal do período, quando 1,4% da safra estava semeada.

O plantio já iniciou no Paraná, com 4% da semeadura realizada, contra 1% de igual período do ano passado e 5,9% de média normal para o período. No Mato Grosso, o plantio está em 1%, contra 1% em igual período de 2020 e 1,7% de média normal para o período. Nos demais estados a semeadura ainda não teve início.

Chicago e a soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos. Sinais de demanda pelo produto americano sustentaram as cotações.

No entanto, os ganhos foram limitados pela evolução da colheita nos Estados Unidos. Os agentes se posicionam frente ao relatório de quinta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os exportadores privados anunciaram ao USDA a venda de 334 mil toneladas para a China, com entrega em 2021/22. Os números de inspeção de exportação da semana foram positivos. As inspeções chegaram a 440.742 toneladas na semana encerrada em 23 de setembro. O mercado esperava o número em 325 mil toneladas.

O avanço da colheita limitou ganhos mais consistentes. Os agentes também se preparam frente ao relatório de estoques trimestrais, que será divulgado na quinta. Os estoques deverão ficar abaixo do número indicado pelo USDA em igual período do ano anterior.

A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 172 milhões de bushels. Em igual período do ano anterior, o número era de 525 milhões de bushels. Em 1 de junho, data do relatório anterior, os estoques estavam em 767 milhões de
bushels.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 2,50 centavos de dólar por bushel ou 0,19% a US$ 12,87 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 12,97 1/2 por bushel, com ganho de 2,75 centavos ou 0,21%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,00 ou 0,29% a US$ 340,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 58,11 centavos de dólar, alta de 0,24 centavo ou 0,41%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,65%, sendo negociado a R$ 5,3790 para venda e a R$ 5,3770 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3080 e a máxima de R$ 5,3850.

Ver Matéria Original