preços disparam nas principais praças do país


Após o feriado de segunda nos Estados Unidos e de ontem no Brasil, o mercado brasileiro de soja teve preços acentuadamente mais altos e escassos negócios. O produtor segue retraído, apostando em preços ainda melhores. A alta do dólar garantiu a sustentação. A preocupação aumenta com a paralisação de parte dos caminhoneiros.

Confira a cotação nas principais praças:

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 166,00 para R$ 171,00

– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 165,00 para R$ 170,00

– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 169,00 para R$ 174,00

– Cascavel (PR): preço passou de R$ 168,50 para R$ 170,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 169,00 para R$ 175,00

– Rondonópolis (MT): a saca avançou de R$ 165,50 para R$ 168,00

– Dourados (MS): a cotação aumentou de R$ 156,00 para R$ 159,00

– Rio Verde (GO): a saca estabilizou em R$ 162,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos. Em dia volátil, os agentes buscaram um melhor posicionamento frente ao relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta.

Sinais de demanda firma pela soja americana, com nova venda para a China, dessa vez de 106 mil toneladas, ajudaram na sustentação, mas a alta foi limitada pelos problemas com embarques americanos, ainda em decorrência da passagem do furacão Ida.

O Departamento deve elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. O relatório de setembro do Departamento será divulgado nesta sexta, 10, às 13hs.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,363 bilhões de bushels em 2021/22. Em agosto, a previsão ficou em 4,339 bilhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.

Para os estoques, o mercado aposta em estimativa de 178 milhões. Em agosto, o USDA indicou estoques em 155 milhões de bushels. A previsão para 2020/21 deverá passar de 160 milhões para 166 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 96,9 milhões de toneladas, contra 96,2 milhões estimados em agosto. Para 2020/21, a previsão deverá baixa de 92,8 milhões para 92,5 milhões de toneladas.

Em relação à safra brasileira em 2020/21, o mercado indica número de 136,7 milhões de toneladas, um pouco abaixo dos atuais 137 milhões previstos. Para a Argentina, a aposta é de corte de 46 milhões para 45,9 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 2,50 centavos de dólar por bushel ou 0,19% a US$ 12,79 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 12,88 3/4 por bushel, com ganho de 2,00 centavos ou 0,15%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou estável a US$ 337,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 57,49 centavos de dólar, perda de 0,27 centavo ou 0,46%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em R$ 5,3250, com alta de 2,87%. A sessão foi marcada pela tensão gerada com as falas do presidente Jair Bolsonaro, na terça, incitando a desobediência e aumentando ainda mais a crise entre os poderes, impactando diretamente o câmbio.

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