Preços da soja melhoram e vendedor volta a negociar no Brasil


Os preços da soja apresentaram ganhos consistentes e generalizados nesta sexta-feira, 6, nas principais praças do país. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a combinação de alta em Chicago, valorização do dólar e prêmios firmes elevou as bases, com presença marcante dos compradores.

Os vendedores voltaram ao mercado, resultando em melhor movimentação.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 163 para R$ 166. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 162 para R$ 165. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 168 para R$ 171,5.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 162,5 para R$ 168 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 167,5 para R$ 171.

Em Rondonópolis (MT), a saca saltou de R$ 167,5 para R$ 172. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 155,5 para R$ 157. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 166 para R$ 170.

Comercialização

A comercialização da safra 2020/2021 de soja do Brasil envolve 81,9% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 agosto. No relatório anterior, com dados de 9 de julho, o número era de 79,2%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 95,7% e a média de cinco anos para o período é de 83,5%. Levando-se em conta uma safra estimada em 137,19 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 112,33 milhões de toneladas.

No período, a comercialização evoluiu pouco e, com isso, o total negociado da safra 20/21 ficou abaixo do percentual de igual período do ano passado e da média para o período, devido à postura mais retraída do produtor, que apostam em preços melhores.

As vendas antecipadas da safra 2021/2022 estão atrasadas na comparação com o ano passado, mas acima da média de cinco anos. Levando-se em conta uma safra de 142,24 milhões de toneladas, SAFRAS estima uma comercialização antecipada de 23,7%, envolvendo 33,65 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 21,5%

Em igual período do ano passado, o número era de 43,3% e a média dos últimos cinco anos é de 20,6%.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em alta pela terceira vez seguida, reduzindo a perda acumulada na semana. Sinais de demanda aquecida pelo produto dos Estados Unidos e a persistência do clima seco no Meio Oeste sustentam as cotações.

Após o anúncio de 300 mil toneladas ontem por parte de exportadores privados para destinos não revelados, hoje o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nova operação de venda. Dessa vez, foram 131 mil toneladas para a China para a temporada 2021/2022.

O clima segue no foco das atenções. O clima seco ajudou na alta, mas há previsão de retorno das chuvas no início da próxima semana, o que poderia beneficiar as lavouras.

Para a próxima semana, o radar deverá seguir focado no clima, mas também merecem destaques dados que serão divulgados pelo USDA. Na segunda, as inspeções de embarque e o relatório de condições das lavouras. Na quinta, o Departamento vai divulgar as exportações semanais e o levantamento de julho de oferta e demanda americana e mundial.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 8,5 centavos de dólar por bushel ou 0,63% a US$ 13,44 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,36 3/4 por bushel, com ganho de 8,25 centavos ou 0,62%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 0,30 ou 0,08% a US$ 355,8 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 61,81 centavos de dólar, ganho de 0,34 centavo ou 0,55%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,36%, sendo negociado R$ 5,2 para venda e a R$ 5,2 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2070 e a máxima de R$ 5,3. Na semana, o dólar comercial registrou alta de 0,52%.

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