Em março de 2001, os terroristas do Talibã utilizaram explosivos para destruir duas gigantescas estátuas de Buda de 1,5 mil anos de antiguidade.
As obras haviam sido esculpidas na localidade de Bamiyan, 175 km ao oeste de Cabul, capital do Afeganistão.
A destruição colocou a ideologia radical do Talibã no centro da atenção internacional, poucos meses antes dos atentados do 11 de Setembro executados por outro grupo terrorista, a Al-Qaeda.
Desde a volta ao poder, no entanto, os líderes talibãs não comentaram mais sobre o assunto.
Os sinais, porém, são preocupantes.
No mês passado, moradores de Bamiyan acusaram os terroristas de destruírem uma estátua em homenagem a o líder de um grupo étnico assassinado nos anos 1990.
O diretor da Delegação Arqueológica Francesa no Afeganistão (DAFA), Philippe Marquis, declarou à agência France-Presse que segue bastante cauteloso sobre o que pode acontecer no Afeganistão nos próximos meses.
“Não temos uma declaração que diga ‘vamos destruir tudo ou apagar todo passado não islâmico’“, declarou Marquis.