os campeões são do Uruguai e de Balsa Nova, no Paraná


A final da mais tradicional prova do cavalo crioulo revelou neste domingo, 3, os vencedores da temporada de 2021.

O Freio de Ouro aconteceu no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, no Rio Grande do Sul. É uma realização da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, que adotou os cuidados necessários para o enfrentamento à Covid-19.

Ao todo, oito animais conquistaram os lugares mais altos no pódio da modalidade.

Final

Uma final para ficar na história da raça crioula porque pela primeira vez ocorreu fora da programação da Expointer, mas não tirou o brilho do espetáculo e a emoção do público e competidores.

Depois de sete classificatórias, cinco realizadas no Brasil, uma na Argentina e uma no Uruguai, a final do Freio de Ouro 2021, prova máxima de seleção do cavalo crioulo, reuniu os melhores em pista.

Dos 82 animais classificados, apenas 32 foram habilitados para a disputa no domingo.

Os jurados tiveram a árdua tarefa de escolher os melhores entre tantos exemplares muito bem preparados para essa temporada e trazendo na “bagagem” a experiência porque já tiveram a oportunidade de classificação em edições passadas do Freio de Ouro.

Nessa hora, o grau de exigência é muito alto, desde o primeiro dia das provas. São animais que chegam na final com boa média morfológica acima de sete, oito pontos.

O Freio de Ouro é o reconhecimento de um trabalho de anos em busca de um animal completo.

Provas

Na etapa funcional, o gado entra em cena. A primeira prova, a de mangueira, pede o cavalo na mão do ginete, pronto para mostrar toda a aptidão vaqueira.

Já a prova Bayard-Sarmento exige velocidade na execução, correção nos movimentos e atenção à submissão. É uma sequência de volta sobre patas e esbarradas com maior exigência física dos animais, entre todas as provas.

A paleteada, o último desafio do dia, é a prova que decide título, exige muita velocidade, coragem e, principalmente, muita habilidade das fêmeas porque muitos novilhos pensam mais do que as próprias éguas.
É o momento de maior pressão sobre os ginetes e os animais.

Campeões

A qualidade dos conjuntos, disputa acirrada e alternância de posição entre os competidores se destacaram durante as provas. Na última volta, ficou à frente a égua Belle Mandala, box 6, com média final 20,634, da Fazenda Paraíso, de Balsa Nova, no Paraná.

Belle Mandala foi credenciada em Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul, também é Bocal de Bronze, deste ano.

O ginete Daniel Teixeira precisou da ajuda na paleteada do também experiente ginete Lindor Collares Luiz para levar ao pódio Belle Mandala, Freio de Ouro 2021 e RZ Madeja II da Carapuça, Freio de Prata.

Belle Mandala. Foto: Felipe Ulbrich/ Divulgação

A volta olímpica dos dois foi marcada por emoção. “Quero agradecer a todo mundo, o que Deus me proporciona, meus amigos, irmão”, disse Teixeira, que foi eleito também o ginete do ano.

“Estou emocionado pelo trabalho dele por poder dividir a pista com ele. É uma honra enorme estar ao lado deste craque”, afirmou Lindor Collares Luiz.

Entre os machos, Colibri Matrero, da Cabanha La Pacifica, do Uruguai, conduzido pelo ginete Gabriel Viola Marty, liderou desde o início , é um exemplo de morfologia e função.

Colibri Matrero. Foto: Fagner Almeida/ Divulgação

Colibri Matrero foi Freio de Ouro na edição do ano passado e conquista o título de bicampeão, com média final de 21, 841. “Muito obrigado. É uma emoção muito grande, fico sem palavras. Eu devia isso a esse cavalo maravilhoso que me deu essa oportunidade de repetir esse ciclo com ele, à equipe que me acompanha, aos proprietários, minha família. Eu tinha que trazer um presente para meu filho que está para nascer”, disse Gabriel Marty.

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