Mais de 90% do volume de negócios fechados na Expointer, uma das maiores feiras da América Latina, vem das vendas de máquinas e implementos agrícolas. Este ano, uma das novidades é uma escavadeira anfíbia de 40 toneladas que flutua.
Selmo dos Santos é pecuarista do interior do Rio Grande do Sul e veio a Expointer com o objetivo de comprar uma máquina que ajudasse a reduzir os custos de produção. Ele se interessou por uma multi enfardadora, que promete entregar 45 fardos por hora.
“Ela minimiza todos os custos de uma granja, porque ao invés de colocar três tratores para fazer silagem, com apenas uma eu faço tudo”, conta.
O valor a ser desembolsado é de um R$ 1,8 mas o vendedor garante um retorno rápido do investimento.
“Se o produtor tiver terra feita para silagem e produz em larga escala em um ano e meio ele paga automaticamente a máquina”, conta o vendedor Estevan Puricelli.
Uma das novidades na feira é a escavadeira anfíbia de 40 toneladas que flutua. Uma máquina costumizadada usada na tragédia de Brumadinho e que se oferece como alternativa para produtores de arroz.
“Essa é uma máquina que vem sendo bastante requisitada por grandes plantadores para acessar as áreas mais baixas das lavouras de arroz, para limpeza de canais e assoreamento de lagoas. É uma máquina que se comporta bem por ter essa capacidade de flutuação e de alta produtividade”.
As máquinas e implementos agrícolas como são os itens mais caros da feira, é natural que representem também a maior parte do volume de negócios. Para se ter uma ideia, em 2019 na última edição da Expointer, antes da pandemia, dos quase /R$ 2,7 bilhões comercializados na feira, mais de R$ 2,5 bilhões foram de máquinas e implementos. Isso representa mais de 90% do volume total.
Nesta edição da Expointer, 85 marcas estão expondo suas máquinas e implementos agrícolas. A perspectiva é de um resultado positivo de vendas., apesar da limitação de público em 15 mil pessoas por dia.
“Muitos estão vendo quase a mesma coisa que comercializaram em 2019, mas como vieram muito menos empresas não devemos chegar ao volume de faturamento daquele ano, mas será um volume razoável de vendas”, prevê o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers).