Interpretação do DNA pode ajudar a prevenir, diagnosticar e tratar o câncer


No ano de 2020, cerca de 10 milhões de pessoas perderam a vida por conta do câncer. A doença devastadora é sustentada por mudanças no DNA, que nada mais é do que um manual de instruções para todas as nossas células.Inclusive, já se passaram 20 anos desde que os cientistas revelaram pela primeira vez a sequência do genoma humano. 

A importante conquista seguiu por importantes avanços tecnológicos que permitem interpretar as camadas de informação do DNA em detalhes, ou seja, desde as primeiras mudanças que ocorrem quando uma célula se torna cancerosa até os complexos microambientes de tumores bem mais avançados.

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Para acelerar as descobertas para pacientes com câncer é necessário novas maneiras de reunir os diferentes tipos de dados e fornecer novas ideias biológicas sobre a evolução do câncer.

Uma equipe foi convidada a revisar os insights sobre câncer para que se possa obter atualmente dados de análise do DNA em toda a sua complexidade e com isso, definir os desafios futuros para produzir a próxima etapa de mudanças para os pacientes.

Ilustração 3D de uma molécula de DNA
Ilustração 3D de uma estrutura de código genético. Imagem: ktsdesign/Shutterstock

Muitas pessoas acreditam que o nosso DNA (genoma) seja simplesmente como uma série de letras. Só que na realidade, muitas camadas de informação (epigenoma) mudam completamente sua atividade. Já que o genoma pode ser comparado aos diferentes ambientes geográficos de nosso planeta, que formam a base de características estruturais. Enquanto isso, os ambientes geográficos são criados pelo epigenoma, que incluem marcadores químicos que se ligam ao DNA.

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Vale lembrar que o nosso genoma e epigenoma evoluem durante o ciclo de vida do câncer, sendo necessário entender essas mudanças complexas para melhorar a avaliação do risco de câncer e acelerar as descobertas terapêuticas para os pacientes.

Antes disso, se pensava que as mudanças genéticas eram suficientes para causar um câncer, porém, está se tornando claro que as mudanças no genoma e no epigenoma desempenham um papel significativo na evolução do câncer. 

Isso porque as células cancerosas residem em um ecossistema tumoral junto com outros diversos tipos de células, incluindo as do sistema imunológico. Hoje, as imagens avançadas e tecnologias estão ajudando a mapear essas células no contexto tridimensional de um tumor e em resolução sem precedentes.

Para cânceres avançados, análises integradas de DNA podem ajudar a identificar mecanismos que as células cancerosas usam para metastatizar, ou seja, que podem ser alvos promissores para o desenvolvimento de terapia.

Fonte: Medical Xpress

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