Fim do marco temporal também representa fim do agronegócio, diz Bolsonaro na Expointer


O presidente Jair Bolsonaro chegou a Expointer por volta de 11 horas da manhã deste sábado, 11. A equipe de segurança espalhou grades ao longo do percurso estabelecido. Mesmo assim, durante toda a visita o presidente foi acompanhado por centenas de apoiadores e expositores.

Olhando do alto ficava mais clara a imagem da aglomeração. Bolsonaro também quebrou o protocolo e varias vezes foi ao encontro do público próximo a grade.

Na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Bolsonaro foi condecorado com medalha do mérito Farroupilha, honraria oferecida pela Assembleia legislativa do Rio Grande do Sul.

Jair Bolsonaro recebe Medalha do Mérito Farroupilha durante a Expointer Foto: Alan Santos/PR

A ministra Tereza Cristina que participou da cerimônia de abertura na sexta fez questão de dizer ao presidente todo carinho que recebeu do setor agropecuário.

“Eu queria dizer meu querido presidente Bolsonaro, andando conversando com lideranças, com produtores, e eu quero que o senhor vem fazendo no seu governo, que é colocar todas as condições para que o produtor rural trabalhe, que tenha crédito, a confiança e a segurança jurídica e que possa produzir e carregar este Brasil. Ouvi de todos a confiança que o agro tem no senhor no seu governo e na suas ações”, disse a ministra

Jair Bolsonaro já esteve na Expointer em 2018 quando ainda era candidato. Em 2019 já eleito presidente da República, ele não compareceu, já que no ano passado a feira foi virtual. Essa, portanto, é a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro visita a feira agropecuária. Em seu discurso, ele fez elogios aos produtores e falou sobre sua preocupação com o julgamento do marco temporal das terras indígenas, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Temos um problema com essa questão do marco temporal. Se a proposta do ministro Fachin vingar, teremos uma crescimento nas áreas demarcas, cuja expansão será do tamanho da região Sudeste. Isso será o fim do agronegócio”, destacou o presidente.

Neste primeiro compromisso público depois da manifestação de 7 de setembro, Bolsonaro manteve o tom pacificador mostrado na carta ao país, divulgada na última quinta, 9.

“A vida presidente não é fácil, quem quiser trocar comigo eu troco. não podemos fazer as coisas da velocidade que muitos querem, mas vamos aos poucos redirecionando o futuro do nosso país. Temos três poderes tem que ser respeitados e buscar sempre a melhor maneira de nos entendemos para que o produto do trabalho seja estendido aos seus 210 milhões de habitantes. Não é hora de alguém se sentir vitorioso não exerce esse poder sair vitorioso. A vitória tem que ser do povo brasileiro, a vitória tem que ser de vocês porque somente assim nós podemos viver em harmonia e sonharmos com Brasil realmente bem melhor do que aquele que nós recebemos em janeiro de 2019”.

Depois de almoçar com organizadores e entidades ligadas ao agronegócio, Bolsonaro deixou a cidade de Esteio depois das 2 da tarde, seguindo de volta para Brasília.

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