dólar a R$ 5,40 faz preços subirem no Brasil; veja as cotações do dia


Os preços da soja subiram nas principais praças do país nesta terça-feira, seguindo o comportamento do
dólar, que rompeu a casa de R$ 5,40. Apesar do recuo de Chicago e dos prêmios mais fracos, o dia foi mais movimentado, principalmente envolvendo a safra nova.

Veja as cotações das praças brasileiras:

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 172,50 para R$ 173,00

– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 171,50 para R$ 172,00

– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 176,50 para R$ 177,00

– Cascavel (PR): o preço recuou de R$ 171,50 para R$ 170,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 175,50 para R$ 176,50

– Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 174,00 para R$ 174,50

– Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 163,00

– Rio Verde (GO): a saca permaneceu em R$ 168,00

Chicago e a soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. O avanço da colheita nos Estados Unidos pressionou as cotações. Além disso, os participantes posicionam carteiras, aguardando o relatório de quinta do Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O Departamento divulgou ontem relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de soja. Até 16 de setembro, a área colhida estava apontada em 16%. O mercado esperava 15%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 18%. A média é de 13%. Na semana passada, o percentual era de 6 pontos.

Segundo o USDA, até 26 de setembro, 58% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 58% -, 28% em situação regular e 14% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 58%, 28% e 14%, respectivamente.

Os agentes se posicionam frente ao relatório de estoques trimestrais, que será divulgado na quinta, 30. Os estoques deverão ficar abaixo do número indicado pelo USDA em igual período do ano anterior.

A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 172 milhões de bushels. Em igual período do ano anterior, o número era de 525 milhões de bushels. Em 1 de junho, data do relatório anterior, os estoques estavam em 767 milhões de bushels.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 10,50 centavos de dólar por bushel ou 0,81% a US$ 12,77 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 12,87 por bushel, com perda de 10,50 centavos ou 0,80%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,50 ou 0,149% a US$ 339,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 57,46 centavos de dólar, baixa de 0,65 centavo ou 1,11%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em R$ 5,4260, com alta de 0,87%. A moeda norte-americana ganhou força ao longo da sessão devido às incertezas fiscais – como os precatórios – e políticas que continuam rondando o cenário doméstico, assim como o avanço da inflação.

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