atrasos na entrega de insumos ameaça safra 21/22, diz Aprosoja


O plantio da safra 2021/2022 de soja já está autorizado a iniciar na maior parte do Brasil, mas a ameaça da falta de insumos segue preocupando agricultores. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), por exemplo, declara em nota divulgada nesta quarta-feira, 6, que vem recebendo nos últimos meses informações de sojicultores sobre atrasos na entrega, além de cancelamento de contratos e de pedidos de compra de fertilizantes e defensivos, como o glifosato.

soja insumo agroquimico fertilizante EPI funcionários

Foto: Daniel Popov

A entidade afirma que, na prática, a ausência destes produtos pode comprometer a produção rural brasileira, visto que a não aplicação de insumos no momento correto do plantio de soja reduz o volume e a qualidade da safra.

Em declaração no site, a Aprosoja conclui que “sem fertilizantes e defensivos, as lavouras perdem produtividade, que é vital para a garantia da renda dos produtores e da sustentabilidade social e ambiental, pois representa produzir mais alimentos com menor utilização de recursos e de área de plantio”.

A Associação ainda afirma que se o desabastecimento de insumos vier a se confirmar, a cadeia produtiva terá imensos prejuízos financeiros. “Os consumidores, sobretudo os economicamente vulneráveis, serão atingidos diretamente pelo aumento da inflação nos alimentos”, diz a nota.

Pedido aos sojicultores

Diante de tais ameaças, a Aprosoja pede aos produtores de soja que continuem levando ao conhecimento da entidade todos os casos de cancelamentos, assim como o nome das empresas envolvidas, para que sejam adotadas as medidas necessárias e gestões para buscar normalizar o abastecimento.

A entidade solicita também às empresas que cumpram os contratos firmados e pedidos retirados e, assim, evitem que os tratos culturais, e em especial o controle de ervas daninhas, fiquem comprometidos.

A nota lembra que em um passado recente, os produtores já foram prejudicados com a retirada de produtos, como o herbicida Paraquate, cujo melhor substituto disponível já custa mais de 50% do seu preço original. Também nessa oportunidade, os produtores experimentaram a falta do produto. “Não queremos, portanto, crer que a finalidade deste impasse seja redefinir preços de insumos essenciais à produção de alimentos. Acreditamos que esta situação deve ser superada através do diálogo, da transparência e de posturas responsáveis”, afirma o comunicado.

Para o reporte dos atrasos e quebras de contratos, os produtores de soja podem entrar em contato com a Aprosoja através do e-mail [email protected] e pelo telefone (65) 3027-8100.

 

Ver Matéria Original