Arroba do boi gordo segue pressionada; confira os destaques desta sexta


  • Boi: escalas de abate continuam sendo remanejadas
  • Milho: indicador do Cepea fica abaixo de R$ 91 por saca
  • Soja: cotações seguem em alta
  • Café: preços têm forte valorização em Nova York
  • No exterior: mercado de trabalho volta a decepcionar nos EUA
  • No Brasil: arrecadação federal bate recorde em agosto

Agenda:

  • Brasil: dados sobre as lavouras do Mato Grosso (Imea)
  • Brasil: IPCA-15 de setembro
  • EUA: venda de casas novas em agosto

Boi: escalas de abate continuam sendo remanejadas

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o embargo às exportações brasileiras de carne bovina à China permanecem restringindo o volume de negócios no mercado físico brasileiro e os frigoríficos continuam remanejando seus abates. Novamente foram observadas tentativas de negociações abaixo da referência média, sobretudo em Mato Grosso e Goiás.

Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram um dia de queda e o vencimento mais curto voltou a ficar abaixo de R$ 300 por arroba. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 300,55 para R$ 296,85, do outubro foi de R$ 305,85 para R$ 302,10 e do novembro foi de R$ 315,30 para R$ 311,30 por arroba.

Milho: indicador do Cepea fica abaixo de R$ 91 por saca

O indicador do milho do Cepea voltou a ficar abaixo de R$ 91 por saca pela primeira vez desde o final de junho. A cotação variou -0,83% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,59 para R$ 90,83 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 15,49%. Em 12 meses, os preços alcançaram 49,02% de alta.

Na bolsa brasileira, a B3, a curva de contratos futuros do milho apresentou desvalorização pelo segundo dia consecutivo. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 92,22 para R$ 91,73, do janeiro de 2022 passou de R$ 93,70 para R$ 93,23, do março foi de R$ 93,53 para R$ 93,27 e por fim, do maio saiu de R$ 89,43 para R$ 88,59 por saca.

Soja: cotações têm leve alta

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de alta dos preços. A cotação variou 0,4% em relação ao dia anterior e passou de R$ 172,43 para R$ 173,12 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 12,49%. Em 12 meses, os preços alcançaram 15,53% de alta.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja alcançaram o terceiro dia consecutivo de alta, ainda que no pregão desta quinta-feira, 23, a valorização tenha sido bem pequena. O vencimento para novembro, o contrato com mais negócios na atualidade, subiu 0,12% na comparação diária e passou de US$ 12,826 para US$ 12,842 por bushel.

Café: preços têm forte valorização em Nova York

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica tiveram um dia de forte alta e conseguiram fechar acima do patamar de US$ 1,90 por libra-peso. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve valorização de 3,11% na comparação diária e passou de US$ 1,8485 para US$ 1,906 por libra-peso.

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil acompanharam a forte alta observada na bolsa de Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.080/1.085 para R$ 1.095/1.100, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.085/1.090 para R$ 1.100/1.110 por saca

No exterior: mercado de trabalho volta a decepcionar nos EUA

Os dados de seguro-desemprego voltaram a decepcionar o consenso de mercado. O número semanal de pedidos do benefício subiu de 332 mil para 351 mil, sendo que eram projetadas 320 mil solicitações, segundo os analistas. Uma recuperação insuficiente do mercado de trabalho poderia fazer com que o Federal Reserve atrase o início da retirada dos estímulos.

Apesar disso, os mercados globais seguiram reagindo bem ao comunicado e à entrevista de Jerome Powell com tom mais suave após a reunião de política monetária do Federal Reserve nesta quarta-feira, 22. Em relação à agenda econômica, os índices PMI de serviços e da indústria recuaram em setembro em relação a agosto.

No Brasil: arrecadação federal bate recorde em agosto

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação de impostos em agosto somou R$ 146,4 bilhões, teve um crescimento real, ou seja, descontado da inflação, de 7,25% e bateu o recorde histórico de toda a série iniciada em 1995. Os dados de arrecadação dos últimos meses sinalizam recuperação econômica consistente.

Em virtude da forte alta das bolsas no exterior, o Ibovespa teve mais um dia de valorização expressiva. Assim sendo, o principal índice de ações da bolsa brasileira avançou 1,59% na comparação diária e ficou cotado aos 114.064 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,10% e passou de R$ 5,304 para R$ 5,31.

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