Após serem adotados por autistas, gatos ficam menos estressados


Uma pesquisa da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, mostrou que gatos adotados por famílias com crianças autistas sofrem menos com o estresse. Além disso, a adoção do animal de estimação também ajuda no controle da ansiedade das pessoas que possuem autismo.

“Não é apenas importante examinar como as famílias de crianças com autismo podem se beneficiar desses maravilhosos animais de companhia, mas também se a relação é estressante ou onerosa para os gatos do abrigo sendo adotados em um ambiente novo, talvez imprevisível”, afirmou a cientista pesquisadora do Centro de Pesquisa para Interação Humano-Animal da Universidade do Missouri , Gretchen Carlisle.

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Representação gráfica de criança com autismo
Gatos ficam menos estressados após serem adotados por autistas. Imagem: Nikosnikossss/Shutterstock

A cientista disse que a pesquisa deixou claro que os gatos se adaptaram melhor na casa de suas novas famílias e tornaram-se animais menos estressados com o decorrer do tempo. Durante o estudo, os pesquisadores acompanharam as famílias que adotaram os gatos por 18 semanas.

Nos primeiros resultados foi possível notar que os gatos ganharam peso, processo que não acontece quando eles estão estressados pois tendem a deixar de se alimentar. Além disso, as amostras de fezes dos animais continham níveis baixos de cortisol – elemento utilizado para medir o estresse nos felinos.

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Carlisle ressaltou que todos os gatos adotados por famílias com pelo menos um membro autista passaram por uma avaliação temperamental para garantir uma melhor adaptação do animal com a família, afinal, crianças com autismo podem ter problemas sensoriais e comportamentais em decorrência do transtorno.

“Obviamente, os abrigos querem colocar todos os seus gatos em casas, mas algumas famílias podem exigir um ajuste mais específico, e o uso de medições objetivas baseadas em pesquisas para avaliar o temperamento pode ajudar a aumentar a probabilidade de combinações bem-sucedidas e duradouras. Nossa esperança é que outros cientistas desenvolvam o trabalho de nosso estudo exploratório para que gatos de abrigo e famílias de crianças com autismo possam se beneficiar”, completou.  

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