‘Agropecuária é a única saída para o PIB brasileiro não sofrer’, diz Daoud


Nesta quinta-feira, 16, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia elevou a estimativa para a inflação, de 5,9% para 7,9%, por influência da alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) permaneceu em 5,3% em 2021.

Já em relação à taxa básica de juros, a Selic, a SPC ressaltou que ela nunca esteve em patamar tão baixo, atualmente em 5,25%. A Selic é o principal instrumento do Banco Central (BC) para alcançar a meta de inflação. Na semana que vem, Comitê de Política Monetária (Copom) do BC vai reunir e deve elevar a taxa em mais 1%.

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a situação econômica é preocupante, especialmente para os produtores rurais. “A alta de juros e a inflação provocam mudanças no ciclo de custos e preços da agropecuária. A taxa de juros deve fechar o ano em 10%, e estou falando da Selic, não da taxa que os mortais têm acesso. A taxa de juros do financiamento agrícola pode chegar a 30%. E isso tem impacto na cadeia, na compra de máquinas, de sementes”, disse.

Na avaliação de Daoud, o Brasil não tem muita alternativa no momento. “Não existe projeto. Estão falando em reforma política, em precatórios, mas não existe nada. O ministro Paulo Guedes diz uma coisa de manhã e outra de tarde, agora ele está comprando briga com o Supremo. Toda essa discussão acaba trazendo um pessimismo para o presente”, explica.

Segundo o comentarista do Canal Rural, a agropecuária é a ‘única saída para não deixar o PIB sofrer muito’. “Por isso o produtor precisa se informar e usar essa informação da melhor maneira na sua produção, no seu negócio”, defendeu.

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