Preço da soja para o produtor aumentou 155% nos últimos cinco anos


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Foto: Wenderson Araujo-Trilux/CNA

Os produtores paranaenses de soja têm poucos motivos para reclamar da cultura. Apenas nos últimos cinco anos a valorização da oleaginosa aumentou 155%, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento.

E o preço continua subindo. O produtor paranaense recebeu na última semana, em média, R$ 151,47 pela saca de 60 quilos de soja. Isso representa valorização de 47% se comparado com o preço pago no mesmo período do ano passado, quando a saca custava R$ 103. No comparativo entre o preço praticado em julho de 2020, quando se pagava R$ 98,88, com o de julho deste ano, que ultrapassou R$ 150, o acréscimo é de 53,5%.

Em 2017, o valor médio pago foi de R$ 60,35 a saca de 60 quilos. Nos primeiros sete meses deste ano, o preço médio ficou em R$ 153,93, o que representa aumento de 155%.

A produção nacional de soja foi confirmada em aproximadamente 136 milhões de toneladas, em relatório de levantamento mensal, divulgado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Paraná aparece como terceiro maior produtor, com 19,8 milhões de toneladas. A liderança é de Mato Grosso, com 35,9 milhões de toneladas, seguido por Rio Grande do Sul, com 20,8 milhões de toneladas.

Outras culturas

Ainda de acordo com o Deral, 95% da área total semeada com batata já foi colhida. As remanescentes, que somam 3.427 hectares, estão distribuídas nas regiões de Campo Mourão, Cornélio Procópio e Curitiba. Do que foi colhido, 96% já foi comercializado pelos produtores.

O Deral destaca a participação da fruticultura no Valor Bruto da Produção (VBP) de 2020, que teve os números preliminares divulgados. O peso do setor é de 1,4%, com valor financeiro movimentado de R$ 1,8 bilhão, quando analisadas as 35 frutas exploradas no Paraná. A citricultura é a principal atividade no setor, respondendo por 31,2% da fruticultura.

O Deral registra também a colheita, até o momento, de 22% da área estimada de 2,5 milhões de hectares de milho no Paraná. Em relação ao trigo, apenas 9% das áreas cultivadas começaram a frutificação e expõem as consequências das geadas. No entanto, o volume ainda é pouco para se ter melhor dimensionamento dos danos.

Sobre a pecuária de leite, o Estado é responsável por 4,6 bilhões de litros. O município de Castro é o maior produtor nacional, com 323 milhões de litros anuais.

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