Inflação e até cenário político impactam nos preços da cesta básica, diz Daoud


O preço da cesta básica registrou aumento em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em julho. De acordo com o levantamento, as cestas mais caras estão em Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP). As altas foram puxadas pelo tomate, que foi impactado pelo frio intenso, pelo café e também pelo açúcar, por causa da entressafra, além da alta do petróleo, que estimula a produção de etanol e compete com a fabricação do adoçante.

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, as altas nos preços das cestas básicas são resultados da inflação e o cenário político atual. “Estamos vivendo uma instabilidade política e econômica, com uma população basicamente desempregada ou com subempregos. Existe uma inflação muito alta que acaba diminuindo a renda e poder de compra da população”, diz.

O comentarista ainda prevê alta nas taxas de juros “A inflação é um fenômeno econômico que decorre do desequilíbrio entre oferta e demanda. O Banco Central quis segurar a taxa de juros mas não conseguiu pois a inflação descarrilhou e o Banco Central vai aumentar a taxa de juros”, pontua.

 

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