veja qual será rumo do mercado após relatório do USDA


Os preços do milho reagiram ao último relatório de oferta e demanda divulgado na semana passada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O levantamento apontou números acima daqueles esperado pelo mercado, como, por exemplo, maior aumento da produtividade das lavouras norte-americanas.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Fernando Henrique Iglesias.

– O mercado internacional esteve focado no relatório do USDA, os números estiveram acima da expectativa do mercado, com aumento da produtividade média e por consequência da produção de milho nos Estados Unidos;

– USDA indica os estoques finais dos EUA 2021/22 em 1,408 bilhão de bushels. A expectativa do mercado era de 1,329 bilhão de bushels. Em agosto, o USDA tinha indicado 1,242 bilhão de bushels;

– A produção de milho deve atingir o patamar de 14,996 bilhões de bushels na temporada 2021/22, ante os 14,750 bilhões apontados em agosto e acima da estimativa do mercado, que previa uma produção de 14,897 bilhões de bushels;

– De acordo com o USDA, a produtividade média das lavouras de milho deve atingir a proporção de 176,3 bushels por acre, acima dos 174,6 bushels por acre previstos no mês passado, enquanto o mercado esperava rendimento médio de 175,5 bushels por acre;

– O foco nos próximos dias ficará no trabalho de campo, com a colheita no Meio-Oeste norte-americano no centro das atenções;

– No mercado interno do milho, a semana foi de incertezas no campo da logística, entretanto o risco de problemas mais graves de abastecimento foi afastado com o arrefecimento dos protestos dos motoristas de caminhão;

– O mercado encerra a semana apresentando lentidão, com inexpressivo fluxo de negócios;

– É importante mencionar que as dificuldades de abastecimento serão uma constante no mercado de milho até a entrada da safrinha 2022, ou seja, são ao menos 10 meses de abastecimento problemático;

– Mesmo com uma estrutura inflacionada não é observada redução da demanda, com alojamento de pintos de corte em patamar recorde.

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