A Mu é a mais recente variante da Covid-19, descoberta na Colômbia há pouco mais de uma semana, no dia 31 de agosto, ela foi classificada pela Organização Mundial da Saúde como sendo de “interesse”. Isso significa que ainda são necessários mais estudos para que seja determinada a gravidade da cepa.
Apesar disso, a OMS considera ela perigosa por conta de sua “constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape da imunidade”. Ou seja, dependendo da gravidade a cepa pode barrar a proteção das vacinas em algum nível. No entanto, mais pesquisas precisam ser feitas com os imunizantes e com a variante Mu da Covid-19 para que isso seja determinado.
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Variantes como a Delta, da Índia, e a Gama, encontrada aqui no Brasil, são classificadas como de “preocupação”, pois já foram feitos estudos que comprovaram o maior grau de transmissão dessas cepas em relação à versão original do vírus. Por outro lado, as de “interesse”, como a Mu, ainda não foram totalmente estudadas.
“Desde que foi identificada na Colômbia, em janeiro de 2021, houve alguns registros esporádicos de casos da variante Mu e alguns surtos maiores foram relatados em outros países da América do Sul e na Europa”, explica um trecho do boletim divulgado pela OMS relatando a descoberta da Cepa.
Para nós brasileiros a variante Mu ganha ainda mais atenção por conta da proximidade. Enquanto a cepa é responsável por menos de 0,1% entre os casos sequenciados da doença no mundo inteiro, em países próximos como Colômbia e Equador esse número é bem maior, sendo respectivamente de 39% e 13% das contaminações sequenciadas.
Diferenças da variante Mu
Em um artigo preliminar publicado pela universidade Trinity College, na Irlanda, o professor de bioquímica Luke O’Neill explica que uma mutação chamada P681H, encontrada na variante Mu, pode tornar a cepa mais transmissível, já que a mesma alteração foi identificada na variante Alfa, do Reino Unido.
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Além disso, outras alterações mudam a capacidade em que a cepa consegue passar pelos anticorpos, assim como na variante Beta. No entanto, o pesquisador destaca que ainda não é possível entender por completo o efeito dessas mutações no vírus da Covid-19 e que são necessários mais estudos para compreender os perigos da Mu.
Até o fim de agosto, a OMS confirmou 4,5 mil casos confirmados da variante Mu no mundo inteiro. Desses, cerca de 10 foram identificados aqui no Brasil.
Via BBC
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