Preços do boi voltam a cair enquanto exportação à China segue suspensa


O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nas principais praças de produção e
comercialização do país nesta quinta-feira. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o ambiente em termos de negócios segue complicado.

“Os frigoríficos exportadores seguem em seu trabalho de remanejar as escalas de abate até que haja uma posição concreta por parte da China. Já há notícias de tentativas de renegociação de contratos por parte de importadores chineses. Os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico também atuam de maneira tímida, já sinalizando para preços muito mais baixos na comparação com terça-feira da semana passada, data que antecedeu a notícia dos casos atípicos de EEB no Brasil”, apontou Iglesias.

Enquanto não houver a retomada das exportações com destino à China o mercado seguirá pressionado, com os frigoríficos tentando comprar em níveis cada vez mais baixos. “A logística ainda é uma grande preocupação, com pontos de bloqueio em alguns estados relevantes da região Centro-Sul”, disse o analista.

Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 300 a R$ 305 na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 295,00. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 308,00. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 300 a R$ 301. Em Uberaba (MG), preços a R$ 306 a arroba.

Atacado
A carne bovina segue com preços acomodados no mercado atacadista. Segundo Iglesias, a logística permanece como uma preocupação importante no decorrer da semana, com os frigoríficos encontrando dificuldades em escoar a produção com os bloqueios impostos em alguns estados. O temor está na ausência de caminhões. Além disso, os frigoríficos seguem remanejando a programação de abates enquanto a China está ausente das importações.

O Quarto dianteiro ainda foi precificado a R$ 16,30. A ponta de agulha também permanece precificada a R$ 16,30, por quilo. Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,50, por quilo.

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