Durante a cerimônia de abertura oficial da 44ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), a ministra da Agricultura Tereza Cristina entregou ao governador do estado, Eduardo Leite, o certificado oficial da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) que garante o status de livre de aftosa sem vacinação ao Rio Grande do Sul.
“Para que vocês lembrem sempre da importância da pecuária gaúcha para o nosso país. Muito obrigada ao esforço dos produtores rurais”, disse a ministra. Ao todo, são mais de 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas no Rio Grande do Sul, o que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro, e 60 milhões de doses anuais da vacina que deixam de ser utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões ao produtor rural.
“Esse reconhecimento significa confirmar o elevado padrão sanitário da nossa pecuária e abre diversas possibilidades para que o Ministério da Agricultura trabalhe pelo alcance de novos mercados para a carne bovina e suína do Brasil, assim como pela ampliação dos tipos de produtos a serem exportados aos mercados que já temos acesso”, destacou a ministra. O governador disse que o novo status abre “perspectivas de mercado impressionantes para a carne gaúcha”.
A ministra também destacou os dados de crédito rural e seguro agrícola para o estado. Na última safra, encerada em junho de 2021, foram 2,8 mil contratos e R$ 34,12 bilhões em crédito agrícola, sendo 201 mil contratos com a disponibilização de R$ 8,8 bilhões aos produtores familiares gaúchos, por meio do Pronaf. “O governo se esforçou bastante para garantir que o Planos Safra disponibilizasse o máximo possível de recursos para os produtores, em especial os familiares, com taxas de juros compatíveis com sua atividade”.
A implementação do Código Florestal, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também foi lembrada pela ministra. Segundo ela, o Mapa tem atuado para garantir as condições para que os estados possam avançar na efetiva implantação da legislação, que garante que o setor siga sua trajetória de sustentabilidade e eficiência.
“Sua implementação e a regularização ambiental das propriedades é necessária também para garantir uma boa imagem da agricultura brasileira no mundo e problemas como restrições comerciais e de financiamento”, disse.
Em relação às exportações, Tereza Cristina destacou a abertura de 160 mercados desde janeiro de 2109, com o objetivo de diversificar tanto os produtos como os destinos.