O volante Maicon se despediu do Grêmio nesta quarta-feira (8), em uma entrevista coletiva. O jogador rescindiu o seu contrato com o Imortal no dia 30/8. Ídolo da torcida gremista, o veterano de 35 anos deixa o clube após seis temporadas.
A cerimonia de despedida iniciou com Maicon muito emocionado, após reprodução de vídeo com mensagens de torcedores e momentos do volante com a camisa tricolor. O presidente Romildo Bolzan foi quem abriu a coletiva de despedida do jogador:
“Aqui, quero dizer que se o Grêmio jogou o melhor futebol, teve um maestro. Teve um líder, um exemplo técnico e tático. Um estilo que dava certo porque tinha os jogadores certos. Mas também porque tinha uma liderança na tua pessoa que conduzia as coisas. Maicon, como gremista, ocasionalmente presidente, venho para dizer muito obrigado. Entrastes aqui como esperança, e sai como um ídolo reconhecido, uma liderança que se eternizará no Grêmio de maneira tão forte que as marcas são indissolúveis”, declarou o mandatário do clube gaúcho.
Logo após a declaração do presidente, Maicon recebeu uma camisa com o número 248, em referência ao número de partidas do volante no clube, e uma placa com palavras de agradecimento ao trabalho do jogador no clube.
“Sempre sonhei, a cada dia que via que se aproximava o fim do meu contrato, imaginei sair daqui jogando, campeão, com o estádio cheio gritando meu nome. Não está sendo assim. Mas me conforta saber que quando voltei do RJ, tinha bastante torcedores no aeroporto e pude ver. Tinha medo de como seria a saída. Pude ver que valeu tudo à pena. Peço desculpas ao torcedor por não ir até o final. Passo por problemas de lesões e as pessoas sabem o que faço para poder estar jogando. Estou saindo para poder me cuidar um pouco. Emendamos uma temporada em outro e foi muito ruim para mim”, declarou Maicon em suas primeiras palavras.
Confira a carta de despedida de Maicon.
Maicon fez questão de agradecer aos técnicos Felipão, Roger Machado, Renato Portaluppi e Tiago Nunes, com quem trabalhou durante a sua passagem no clubes nos últimos seis anos:
“Quero agradecer ao Felipão, cheguei e saí com ele. Esses dias ele falou que eu não era um atleta dele, que era um amigo. Quero agradecer também ao Roger, que fez me crescer, ao professor Renato, sem palavras, foram quase 5 anos de parceria. Ao professor Thiago Nunes, mesmo com pouco tempo, infelizmente as coisas não caminharam da forma que nós queríamos, também foi um cara muito legal, com muitas ideias de futebol. Quero deixar o meu agradecimento ao Tiago, que você tenha muito sucesso em sua carreira.”
Veja outras declarações do volante Maicon durante a coletiva de despedida
Quais são os seus planos para a sua carreira?
“Agora vou me cuidar, já faço meus contatos pelo Rio de Janeiro para cuidar do corpo, pegar uma pessoa para treinar, para que ano que vem eu possa voltar o que eu mais amo, a única coisa que sei fazer é jogar futebol. Quem sabe encontrar todos vocês aqui, mesmo contra, mas com o carinho e respeito vá existir para o resto da vida.”
Porque resolver deixar o Grêmio?
“Devido à minha situação, estou desde a primeira rodada do Brasileiro com um problema que me incomoda, que me limitava para treinar e jogar no nível que o futebol está pedindo, a disputa é muito grande, muita correria, competitividade alta. Eu não conseguia entregar o que as pessoas esperavam e o que eu sei que posso entregar. Acabou saindo de controle. Tomava atitudes que no momento não me fazia bem. Em comum acordo, numa reunião com todos, meu empresário, direção, a gente achou que seria o momento de encerrar esse ciclo.”
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