Gêmeas unidas pela cabeça são separadas em Israel


Duas irmãs gêmeas siamesas unidas pela cabeça foram separadas após uma delicada cirurgia na cidade de Berseba, em Israel. A operação durou em torno de 12 horas e foi realizada no Soroka Medical Center, os nomes das meninas foram mantidos em sigilo.

Cirurgias de separação de gêmeos siameses unidos pela cabeça são muito perigosas e, por conta disso, raras. O procedimento foi anunciado no último domingo (5) por meio de um comunicado divulgado pelo hospital.

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Após o fim da sedação, as gêmeas siamesas, que têm pouco mais de um ano, se olharam pela primeira vez. De acordo com o diretor de neurocirurgia pediátrica do Soroka Medical Center, Mickey Gideon, até hoje, foram feitas apenas cerca de 20 cirurgias do tipo ao redor do mundo.

Segundo Gideon, o sucesso da operação é um reforço para o senso da missão que fez com que ele se tornasse médico. Porém, de acordo com o médico, os próximos dias ainda são bastante críticos e requerem total atenção para o processo de recuperação das gêmeas.

Longo processo

No comunicado, o hospital também agradeceu aos dezenas de funcionários do hospital que se dedicaram ao cuidado das gêmeas. A preparação para a operação durou alguns meses e elas seguirão internadas até o fim do pós-operatório.

Antes da intervenção cirúrgica, as gêmeas passaram por um longo processo, que foi iniciado com a introdução de expansores de pele sob o couro cabeludo das crianças. A função do equipamento é de esticar a pele visando que o médico conseguisse costurar o couro cabeludo após a separação.

O planejamento do procedimento foi feito com auxílio de modelos impressos em 3D e realidade aumentada. Ao todo, 50 pessoas trabalharam em todo o processo, desde o planejamento até o pós-operatório, passando pela intervenção cirúrgica em si.

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Os gêmeos siameses são extremamente raros, ocorrendo apenas em um a cada 200 mil nascimentos de crianças vivas, segundo dados da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Os casos são mais comuns em bebês do gênero feminino e sempre ocorrem em gêmeos idênticos.

Via: CNN

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