Erro no Facebook pode fazer homem pagar quase R$ 1mi


Anthony Zadravic é um pacato corretor de imóveis do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália. Porém, a vida desse homem pode ter sido arruinada por uma coisa que boa parte de nós já fez: um erro de gramática em uma postagem em sua conta no Facebook.

Porém, diferente de quando nós colocamos uma letra M no lugar de um N ou vice-versa, o erro de Zadravic, que não foi de portugês, mas de inglês. Outra diferença é que quando nós erramos, em geral, não somos processados e corremos o risco de ter que pagar US$ 180 mil (cerca de R$ 996 mil).

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Acusações graves

Na postagem em questão, o corretor de imóveis fez uma reclamação bastante contundente contra seu ex-empregador. Porém ele esqueceu de um sinal de pontuação bastante usado no inglês, o apóstrofo (‘). Por conta disso, a frase ficou com um sentido completamente diferente do original.

Em uma tradução livre, Zadravic disse que seu antigo empregador, a corretora de imóveis Stuart Gan, não havia pago seu “superannuation”, que é uma espécie de seguro de aposentadoria que pode ser comparado ao nosso INSS. Segundo ele, a dívida da empresa já corre há dois anos.

Porém, por ter esquecido do apóstrofo, a frase ganhou um sentido que pode ser entendido como sistêmico, ou seja, que a empresa não paga o “INSS australiano” de nenhum de seus funcionários, uma acusação que ele não poderia comprovar em um tribunal.

Juíza autorizou prosseguimento do caso

martelo do tribunal de Justiça
Juíza autorizou o prosseguimento do caso, que pode gerar uma multa de até R$ 996 mil. Imagem: Shutterstock

Zadravic se defende dizendo que, claramente, de um erro de gramática e que sua acusação, que já foi apagada, inclusive, era direcionada à situação dele. Porém, uma juíza autorizou que o caso seguisse, já que, segundo ela, a postagem sugeria que a acusação era de que esse era o padrão da empresa.

“Deixar de pagar o direito à aposentadoria de um funcionário pode ser visto como lamentável; deixar de pagar alguns ou todos eles parece deliberado”, escreveu a juíza Judith Gibson em sua sentença. Além disso, a magistrada estabeleceu uma multa máxima de R$ 996 mil em caso de condenação.

Leia mais:

A Austrália é conhecida internacionalmente por ter leis bastante rígidas para coibir os crimes de calúnia e difamação. Algumas entidades de defesa da liberdade de imprensa, inclusive, defendem que essa legislação é bastante prejudicial ao trabalho de jornalistas no país.

Via: Futurism

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