Preço do milho sofre queda; confira os destaques desta segunda


  • Boi: pressão de baixa permanece no mercado físico, diz Safras & Mercado
  • Milho: saca tem mais um dia de leve queda
  • Soja: indicador do Cepea tem valorização
  • Café: arábica chega a R$ 1.200 por saca em Minas Gerais
  • No exterior: criação de vagas de trabalho surpreende negativamente nos EUA
  • No Brasil: IPCA fica abaixo do esperado em setembro

Agenda:

  • Brasil: relatório focus (Banco Central)
  • Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de outubro
  • EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)

Boi: pressão de baixa permanece no mercado físico, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a pressão de baixa permanece no mercado físico brasileiro do boi gordo, ainda que com ritmo de negócios mais lento. Em São Paulo, capital, a arroba caiu de R$ 275 para R$ 274, na modalidade a prazo. Em Goiânia (GO) foi de R$ 260 para R$ 255 e em Cuiabá (MT), passou de R$ 266 para R$ 263.

Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram uma semana com alta volatilidade e alternaram entre dias de fortes ganhos e outros de perdas expressivas. O ajuste do vencimento para outubro passou de R$ 275,35 para R$ 278,85, do novembro foi de R$ 284,30 para R$ 291,95 e do dezembro foi de R$ 293,00 para R$ 296,70 por arroba.

Milho: saca tem mais um dia de leve queda

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços levemente mais baixos. A cotação variou -0,1% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,12 para R$ 91,03 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 15,74%. Em 12 meses, os preços alcançaram 34,76% de valorização.

Na B3, a curva de contratos futuros do milho acompanhou o mercado físico e também apresentou ligeira queda. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 88,64 para R$ 88,57, do janeiro de 2022 passou de R$ 88,83 para R$ 88,74, do março foi de R$ 89,67 para R$ 88,98 e por fim, do maio saiu de R$ 87,92 para R$ 87,35 por saca.

Soja: indicador do Cepea tem valorização

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais altos. A cotação variou 0,77% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,21 para R$ 172,52 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,1%. Em 12 meses, os preços alcançaram 7,91% de valorização.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja recuaram e agora o mercado foca no relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado amanhã, terça-feira, 12. O vencimento para novembro, o contrato com mais negócios no momento, caiu 0,34% na comparação diária e passou de US$ 12,472 para US$ 12,43 por bushel.

Café: arábica chega a R$ 1.200 por saca em Minas Gerais

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil tiveram forte valorização e seguiram as referências internacionais. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.165/1.170 para R$ 1.190/1.195, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.170/1.190 para R$ 1.195/1.200 por saca.

Na bolsa de Nova York, após três dias, as cotações do café arábica conseguiram retomar o patamar acima de US$ 2 por libra-peso com mais um dia de alta consistente. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve valorização de 1,74% na comparação diária e passou de US$ 1,9790 para US$ 2,0135 por libra-peso.

No exterior: criação de vagas de trabalho surpreende negativamente nos EUA

O relatório Payroll, que traz a criação de vagas de trabalho não agrícolas nos Estados Unidos, surpreendeu negativamente os analistas de mercado em setembro. O documento mostrou abertura de 194 mil vagas, enquanto eram projetadas a criação de 500 mil. Além disso, a taxa de desemprego recuou para 4,8%.

Apesar do resultado negativo do mercado de trabalho, as bolsas não reagiram de forma tão pessimista, pois isso pode fazer com que o Banco Central norte-americano atrase o início da retirada de estímulos monetários. Nesta semana, os destaques da agenda econômica dos EUA são dados de inflação ao consumidor e a ata da última reunião de política monetária.

No Brasil: IPCA fica abaixo do esperado em setembro

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA passou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro. Apesar de ser um recorde negativo para o mês dentro da série histórica, considerando o início do plano real, o indicador ficou abaixo do esperado pelo mercado e ajudou a aliviar a pressão sobre a curva de juros.

O alívio na curva de juros com IPCA mais fraco que o esperado e exterior praticamente estável abriram espaço para uma forte alta diária do Ibovespa. Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira subiu 2,03% na comparação diária e ficou cotado aos 112.833 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve desvalorização de 0,02% e passou de R$ 5,517 para R$ 5,516.

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