Uma pesquisa inédita realizada nos Estados Unidos chegou a resultados alarmantes sobre a concentração de chumbo no sangue de crianças. De acordo com os cientistas, nada menos do que a metade das crianças estadunidenses possuem alguma quantidade do metal correndo nas veias.
O estudo contou com 1,14 milhão de crianças, todas elas com seis anos ou menos de idade. Dessas, mais de 500 apresentavam níveis observáveis do metal tóxico na corrente sanguínea. Segundo os pesquisadores, isso representa um aumento na comparação com gerações anteriores.
publicidade
Não existe ‘pouco chumbo’
Apesar de o número de crianças com chumbo no sangue ser bastante elevado, a maior parte dos afetados não tinha quantidades muito grandes do metal correndo nas veias. De todas as crianças examinadas, apenas 2% tinham chumbo em uma quantidade considerada alta.
Porém, os pesquisadores enfatizam que não deve haver uma distinção entre quantidades baixas e altas de chumbo no sangue. Segundo os cientistas, a mera presença do metal já é potencialmente perigosa, principalmente quando se trata de crianças.
De acordo com o diretor do Programa de Prevenção e Tratamento de Envenenamento por Chumbo do Hospital Infantil Montefiore, Morri Markowitz, o quadro geral é que as crianças estadunidenses têm chumbo no sangue. “Para chumbo não há muito baixo. Queremos zero”, disse o pesquisador.
Mas qual o problema?
O chumbo é um metal potencialmente perigoso, já que pode causar danos permanentes, principalmente ao sistema nervoso. Nas crianças, isso é especialmente preocupante, já que pode ocasionar problemas no desenvolvimento da fala, audição e dificuldade na aprendizagem escolar.
De acordo com a equipe de Markowitz, era esperado que a quantidade de crianças com chumbo no sangue fosse maior do que em gerações anteriores. Contudo, a equipe ficou surpresa com o tamanho do crescimento no número de crianças afetadas pelo problema.
Leia mais:
Segundo os pesquisadores, parte deste aumento está ligado à pobreza, já que, nos EUA, muitas casas antigas tinham os encanamentos construídos com esse material. Hoje, essas casas são ocupadas por famílias em situação de vulnerabilidade, que não têm condições de fazer as reformas necessárias.
Via: Futurism
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!