A China vive uma crise de energia depois que o governo restringiu a utilização do carvão com o objetivo de controlar a poluição no país e tentar cumprir metas estabelecidas em acordos internacionais. Com menos oferta de energia, as indústrias chinesas vêm diminuindo a produção de alguns itens e o agronegócio brasileiro já sente os efeitos dessa crise. Insumos como fertilizantes, defensivos, vitaminas chegam em volume reduzido e com preços maiores.
De acordo com Alexandre Camargo Costa, sócio da FNF Ingredients, os preços da alguns insumos já registraram elevação. “Os valores das vitaminas no geral registram elevação de 23% desde o início da crise energética.
Segundo ele, o cenário é desfavorável para o Brasil, que importa 100% das vitaminas e a China responde por mais de 90% do produto que é ofertado a nível mundial.
Ainda de acordo com Costa, a crise de energia no país asiático ficou mais evidente nos últimos meses, o que pode levar o governo a restringir as exportações.
“O governo chinês tem restringido as exportações de alguns insumos, pois querem garantir o consumo interno. Essa restrição ainda pode se expandir para outros setores da economia local”, pontua.