Alguns estados brasileiros já iniciaram o plantio da soja. Muitos produtores anteciparam a compra dos insumos. O fertilizante, que é um dos itens que mais pesam no bolso dos produtores, está bem mais caro. De acordo com um levantamento do Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), houve uma alta significativa nos custos com fertilizantes, variando por região:
Região Sul e Goiás (aumento de 60%)
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (35% a 42%)
Considerando o custo total com todos os insumos, a alta é um pouco menor:
Região Sul e Goiás (aumento de 35% a 36%)
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (25%)
O estudo considerou as compras feitas antecipadamente pelos produtores no primeiro semestre, que corresponde a 60%, e as realizadas no terceiro trimestre, que somam 40%.
Em entrevista para o projeto Aliança da Soja (parceria do Canal Rural com a Intacta 2Xtend), a coordenadora do núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Natália Fernandes, pontuou que o bom preço da oleaginosa tem sido um atrativo para o produtor que busca boa rentabilidade, mas que a médio prazo o cenário pode mudar.
“Há uma tendência de alta para os fertilizantes e não tem uma tendência tão expressiva de alta para o preço praticado na soja. Então, deve reduzir a margem do produtor rural, porque ele tem um custo maior”, comentou.
Ainda segundo Natália, um dos fatores que pressionam os preços da soja no mercado é a estimativa recorde de áreas plantadas no Brasil para a safra 21/22 e, ainda, a colheita dos Estados Unidos.