‘Preços do milho vão se acomodar num patamar elevado’, diz Carlos Cogo


O governo federal suspendeu a cobrança de PIS e Cofins na importação de milho até 31 de dezembro deste ano. O objetivo é desonerar o custo de aquisição externa com foco no aumento da oferta interna buscando reduzir a pressão de preços e os custos dos criadores de animais, já que o grão é importante insumo na alimentação de bovinos, suínos e aves.

Segundo análise de Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, a medida, que retirou 9,25% em relação a gastos com frete na aquisição de produto, impactou no valor da saca do cereal importado.

Em uma simulação, Cogo mostrou que sem nenhuma medida, a saca de milho importada dos Estados Unidos estaria R$ 132,66. Com as medidas, o preço vai para R$ 113,60, quase R$ 20 de diferença. “Setembro vai fechar com 2 milhões de toneladas de milho importadas”, conta.

colheita de milho

Foto: Wenderson Araujo-Trilux/CNA

De acordo com Cogo, mesmo com as medidas, outros fatores precisam ser levados em consideração antes de falar em queda de preços. “Sim, os preços estão sofrendo uma pressão baixista em função da oferta da segunda safra, mesmo com uma quebra de 30%, e a redução dos impostos de importação. Mas é importante ressaltar que os preços do milho estão bem sustentados em Chicago e o dólar também. Não devemos ter uma queda muito intensa. Será uma acomodação de preço em um patamar elevado”, explica.

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