O canal do Delegado da Cunha no YouTube ultrapassou a marca de 300 milhões de visualizações nesta semana. No total, são mais de 3,6 milhões de inscritos na plataforma de vídeos.
A audiência, inclusive, cresceu ainda mais nos últimos três dias. De acordo com o SocialBlade, foram 545.988 visualizações na terça-feira (21), 504.206 na quarta (22) e 653.252 na quinta (23). Para se ter uma ideia, a média dos últimos 30 dias é de 223.354 visualizações, menos da metade destes números.
publicidade
O aumento da procura pelo canal deve-se pela polêmica envolvendo o nome do delegado de 43 anos cujo nome é Carlos Alberto da Cunha. Ele foi indiciado na noite desta quinta-feira (23) pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo sob a suspeita de peculato, cuja pena prevista é de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa.
O crime de peculato é definido pelo artigo 312 do Código Penal como a apropriação, por parte de um funcionário público, de um bem a que ele tenha acesso por causa do cargo que ocupa.
Leia mais:
A investigação, portanto, aponta que o Delegado da Cunha utilizou a estrutura da Polícia Civil para filmar as operações policiais que, posteriormente, foram editadas e publicadas no YouTube e nas outras redes sociais dele.
“Trata-se de mais uma acusação infundada e sem qualquer cabimento. Estou sendo acusado por conta da monetização do meu canal do YouTube”, afirmou Da Cunha para a Folha de S.Paulo. Ao ser questionado pelo jornal o que isso tem a ver com dinheiro público, ele respondeu: “Nada, absolutamente nada. Mais uma vez o veículo de comunicação está utilizando informações sigilosas (que sequer foram apuradas ainda) com o único viés de denegrir a minha imagem”.
Vídeo polêmico
Um dos vídeos de maior sucesso do canal mostra Da Cunha invadindo um cativeiro e rendendo um sequestrador que estava com uma vítima na favela da Vila Nhocuné, zona leste de São Paulo, em julho de 2020. A filmagem, inclusive, foi cedida para emissoras de TVs.
O delegado, no entanto, assumiu em live transmitida pelo YouTube nesta quarta-feira (22) que encenou a ação: “Foi uma decisão minha, no momento. A ‘cana’ [prisão] foi dada, eu que quis novamente registrar a cana. Isso acontece muito em inquérito de homicídios, numa série de inquéritos. Eu queria, o que nós queríamos, é que a população do Brasil entendesse o que é um tribunal do crime”
Assista a partir dos 23 minutos e 30 segundos:
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!