A receita cambial do complexo de soja (grãos, farelo e óleo) atingiu uma marca história em faturamento, de US$ 40,1 bilhões, no acumulado até a terceira semana de setembro. O diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, observa que “é impressionante como o complexo de soja amplia sua margem na economia brasileira”.
Somente os grãos, as exportações de soja geraram US$ 30,5 bilhões neste ano. Em 2020, o faturamento foi de US$ 28,5 bilhões e, em 2018, quando atingiu a última marca histórica, foi de US$ 33 bilhões. O farelo bateu US$ 5,4 bilhões — ante o recorde de US$ 6,6 bilhões em 2018.
“A gente ampliou muito o volume de venda de farelo, com 14,3 milhões de toneladas”, observa Ferreira. “Não é só resultado do câmbio. O Brasil começa a participar mais do mercado internacional com volumes”, diz.
O óleo de soja atingiu US$ 1,3 bilhão, praticamente o dobro dos US$ 0,7 bilhões movimentados em 2020. “A gente vem crescendo muio nesse mercado”, pontua Ferreira. “A marca de 2018 já foi vencida, no caso do óleo”, comenta.
Ferreira destaca que o principal cliente do Brasil é a China, representando algo próximo de 70% das exportações brasileiras. “É um mercado extremamente importante. Se tem um resfriado, o Brasil tem pneumonia”, compara.
“Para finalizar setembro, seguramente o complexo de soja rompe a marca de US$ 41 bilhões em exportações”, prevê Ferreira. “A participação da soja é muito relevante no setor, considerando que, no ano passado, o agronegócio como um todo exportou US$ 101 bilhões”, ele diz.
A participação do segmento na receita cambial deve crescer 20% neste ano, de acordo com Ferreira. “Mais uma vez, o agronegócio deve garantir o superávit da balança comercial brasileira”, acrescenta o jornalista.