Inglaterra confirma caso clássico do mal da ‘vaca louca’


Um caso clássico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecido como mal da ‘vaca louca’, foi confirmado na sexta-feira, 17, por autoridades sanitárias do Reino Unido.

A doença, que surgiu no país em 1986, foi responsável por uma epidemia que sacrificou milhões de animais da década de 1990.

De acordo com informações da Agência de Saúde Vegetal e Animal do Reino Unido (APHA, na sigla em inglês), o caso atual foi confirmado na região sudoeste da Inglaterra, em Somerset. É o sexto caso registrado no país desde 2014.

Segundo a APHA, o caso foi já foi comunicado à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e aos parceiros comerciais da Inglaterra. Por enquanto, nenhum país impôs nenhuma restrição comercial ao Reino Unido.

Risco

Em um comunicado, a APHA disse que o caso não representa “nenhum risco para a segurança alimentar” da população, e que o animal foi sacrificado. Além disso, o governo britânico disse que  restrições de movimento de animais foram impostas na área para “impedir o movimento de gado enquanto as investigações continuam para identificar a origem da doença”.

A origem da doença ainda não foi identificada. “Será uma investigação completa do rebanho, das instalações, das fontes potenciais de infecção e produzirá um relatório completo sobre o incidente no momento oportuno”, escreveu, em nota, a APHA.

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Foto: Gisele Rosso/Embrapa Pecuária Sudeste

Brasil

Na semana passada, a Arábia Saudita retomou as importações de carne bovina de cinco frigoríficos de Minas Gerais. As compras haviam sido suspensas no dia 6 de setembro, após a confirmação de um caso atípico do “mal da vaca louca” no estado.

O embargo havia atingido uma unidade da Plena Alimentos S.A., em Pará de Minas; duas da Supremo Carnes, em Ibirité e Campo Belo; uma da MaxiBeef Carnes, em Carlos Chagas; e outra da Dimeza Alimentos, do Grupo Fricon, no município de Contagem.

A medida dos sauditas havia entrado em vigor justamente no dia em que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que os dois casos da doença, identificados em Minas Gerais e Mato Grosso, não representam risco para a cadeia de produção bovina brasileira.

Agora, o Brasil se concentra em avançar nas negociações com a China para liberar o mercado de exportação de carne bovina, que foi interrompido voluntariamente pelo Brasil enquanto mais informações sobre os casos estavam sendo analisadas.

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