Para esta semana, o mercado do milho volta a atenção para as produtividades das lavouras norte-americanas. Os problemas logísticos ainda seguem no radar dos players, uma vez que as exportações semanais seguem com resultados abaixo do esperado refletindo os prejuízos causados pelo furacão Ida.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria Paulo Molinari.
– Colheita norte-americana de milho vai avançando e momento agora é de avaliação das produtividades efetivas. Não parece haver surpresas nos dados de produção, apesar do número que será somente fechado em janeiro próximo;
– Exportação semanal muito fraca devido à paralisação do Golfo do México podem ser revertidas com a retomada das atividades nos portos do Golfo;
– Com uma boa safra sendo colhida e exportação fraca, podemos dizer que os preços se sustentaram bem na semana, ainda acima de US$ 5/bushel na Bolsa de Chicago. Contudo, o mercado precisa da exportação e da China, caso contrário as chances de perda dos US$ 5 é efetiva;
– Clima na América do Sul e variáveis financeiras internacionais podem afetar commodities nos próximos dias;
– Mercado interno de milho tem um setembro de pressão de venda pelos produtores por vencimento de dívidas. Infelizmente, o produtor vai preferindo vender milho do que soja e isto pressiona o mercado interno;
– Enquanto este interesse de venda não diminuir há poucas chances de uma recomposição dos preços do milho;
– As importações da Argentina e do Paraguai estão chegando como era esperado e atendendo à demanda regional do Sul. Contudo, hoje os preços internos já estão bem abaixo do custo de importação e podemos ter uma paralisação das compras nos próximos dias;
– As chuvas chegaram a região Sul e o plantio do milho avança bem. No Sudeste e Centro-Oeste as precipitações podem chegar nesta virada de mês;
– Exportações chegam a 11 milhões de toneladas e podem ainda atingir de 17 a 20 milhões.