A partir de segunda-feira, 20, entra em vigor a nova tabela de cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O decreto assinado na quinta-feira, 16, pelo presidente Jair Bolsonaro, pretende aumentar a arrecadação para ajudar a bancar a ampliação do Auxílio Brasil. Até o final deste ano, a alíquota anual do IOF para Pessoa Jurídica passa de 1,50% para 2,04% e para Pessoa Física de 3% para 4.08%.
O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, explica que o IOF incide em toda operação financeira de crédito e empréstimos, e no agronegócio o IOF não está com incidência nos empréstimos para investimentos.
Segundo Daoud, o aumento do imposto resulta no alto custo da produção de todo o país, junto com o aumento da inflação que vem do lado da oferta. “Se você encarece o investimento, encarece a dívida da população, uma vez que quase 70% dela está na inadimplência.. Dessa forma, eu acho que o presidente precisa se inteirar melhor com o seu ministro da economia [Paulo Guedes] a respeito da nossa realidade”, afirma.
O comentarista ainda ressalta que o país vai à contramão dos demais países que não tem teto de gastos, o que implica na perda de investimentos do governo para aquecer a economia durante a pandemia. “Nós estamos refém do mercado. Estamos vivendo um momento atípico que exige uma decisão, ela tem que vir realmente se não vamos matar nossa economia”.