Em um momento íntimo e introspectivo, Buba, imersa na leitura de “Capitães de Areia”, presente do sogro José Venâncio, é tomada por lembranças e reflexões profundas sobre sua própria história.
Ao passar os dedos sobre o bilhete deixado pelo sogro, agora utilizado como marca página, sua mente vagueia pelos eventos recentes e pela figura paterna que nunca conheceu, seu “painho”.
Neste momento de confissão a José Venâncio, Buba revela uma verdade dolorosa: seu pai faleceu antes mesmo de seu nascimento. É uma revelação carregada de emoção e significado, pois ressalta a importância de José Inocêncio em sua vida, não apenas como sogro, mas como uma figura paterna que preencheu um vazio existencial em sua jornada.
Ao expressar sua gratidão e apreço por José Inocêncio, Buba revela como ele mudou sua percepção do mundo e a ajudou a encontrar um novo significado para sua existência. Ele se tornou o porto seguro, a figura paterna que ela nunca teve, e a casa que ele proporcionou foi mais do que um lugar físico, foi um refúgio emocional e um lar para sua alma.
A referência ao livro “Capitães de Areia”, uma obra que retrata a vida de meninos de rua em Salvador, ressoa com a própria jornada de Buba, uma mulher que encontrou conforto e pertencimento em uma família não biológica, mas que a acolheu com amor e cuidado.
A esperança de Buba em retornar àquela casa, àquela sensação de pertencimento e afeto, através das memórias proporcionadas por José Venâncio e sua família, é um testemunho da importância do amor e da conexão humana em sua vida.
Assim, a confissão de Buba não apenas revela uma verdade íntima, mas também destaca a força dos laços familiares e o poder transformador do afeto e da compaixão. É um momento de vulnerabilidade e sinceridade que ilumina a trajetória emocional e complexa desta personagem cativante.