Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lamentou profundamente as “falas infelizes” do ministro da agricultura francês, Julien Denormandie, nas quais exalta que uma carne de frango produzida no Brasil “não tem o mesmo impacto sobre a saúde das crianças que um peito de frango francês”.
Na avaliação da ABPA, o comentário, de cunho claramente protecionista – feito em meio à uma feira agrícola na França, e diante das negociações para o Acordo Mercosul-União Europeia – “desrespeita o trabalho de excelência em qualidade, sustentabilidade e defesa sanitária desempenhado pela avicultura brasileira que é, por exemplo, livre de influenza aviária”.
Peito de frango. Foto: PixabayA fala, prossegue a nota, também afronta o trabalho de inspeção sanitária realizado pelas autoridades sanitárias europeias, que exige e garante que os produtos importados – como a carne de frango do Brasil – sigam padrões sanitários equivalentes aos dos europeus. “Há quatro décadas, contribuímos para a segurança alimentar e complementaridade da produção da União Europeia, sem qualquer registro de problema ou relação com situação de saúde pública”, diz a nota.
Segundo a ABPA, “cabe lembrar que o Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, atende com excelência aos mais exigentes critérios internacionais sanitários, o que permitiu ao país fortalecer sua posição como maior fornecedor internacional do produto. É o atestado de aprovação de mais de 150 nações aos critérios de qualidade, de sustentabilidade e sanidade estabelecidos pelo Brasil”, complementa.
“Por tudo isto e em prol das boas relações existentes entre as duas nações, desejamos contar com mais respeito e seriedade nas declarações do senhor Denormandie, em acordo com a posição de um ministro que trata de questões alimentares”, finaliza a nota.