Para analista, relatório do USDA para o milho confirma expectativa


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima as projeções para a safra de milho neste ano, que deve chegar a 1,1 bilhão de toneladas. Com isso, a projeção para os estoques finais do cereal foram elevadas de 284,6 milhões de toneladas para 297,6 milhões de toneladas. Já a estimativa para a safra brasileira foi mantida em 118 milhões de toneladas.

O analista de mercado Jonas Pizzato, da consultoria Stonex, atribui o aumento dos estoques à safra americana. “Na safra velha, nos EUA, tivemos uma diminuição tanto nas exportações quanto no consumo interno — ajustes finos, até porque a safra velha terminou em agosto, mas isso trouxe um acréscimo de dois milhões de toneladas ao estoque”, observa o analista.

“O USDA revisou para cima os rendimentos para 184,4 sacas por hectare e a área para 37,7 milhões de hectares, trazendo uma produção de 380,1 milhões de toneladas”, acrescenta Pizzato. “A gente já esperava rendimentos maiores para o milho, e o relatório confirma essa expectativa. No lado da demanda, o USDA subiu as exportações para próximo de 63 milhões de toneladas, com a proposta de cobrir um pouco as exportações do Brasil”, ele diz.

“No Brasil, as safras velha e nova tiveram poucas alterações, na Argentina tivemos um aumento das safras, e a grande surpresa veio da China, onde o preço do suíno caiu bastante e diminuíram, portanto, o consumo de milho”, analisa Pizzato.

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